domingo, 10 de julho de 2011

FIZ SESSENTA E AGORA ?

Nossa ! Como o tempo passou, nasci outro dia e já estou fazendo sessenta, a partir de 18 de outubro de 2007 passo a ser sexagenário, parece brincadeira que já vivi meio século e dez anos, más fazendo uma retrospectiva de minha vida lembro de ter me apaixonado por uma menina de nove anos, eu tinha doze, coisa de criança, passou o tempo me apaixonei por uma de doze, eu tinha quinze, coisa de adolescente, depois me apaixonei por uma super gata de quinze anos eu tinha vinte e dois, promessa de um grande amor, hoje estou loucamente apaixonado por uma belíssima mulher de cinqüenta e três anos e eu com sessenta, coisa de amor maduro, mas essa linda mulher esta comigo desde os quinze anos, portanto há trinta e sete anos, coisa rara hoje em dia, ela me presenteou com dois filhos maravilhosos, com ela atravessei um oceano de calmaria, também mares revoltos, nos melhores momentos de minha vida ela estava ao meu lado me apoiando, me incentivando e no pior, lá estava  ela, me levantando e mostrando que a vida continuava, que apesar de tudo tínhamos que seguir em frente cumprindo a missão, para nós reservada por Deus.
Mas voltando ao motivo do texto não vou dizer que sou saudosista, acho que minha geração teve alguns privilégios, senão vejamos: Vi Garrincha jogar com suas pernas tortas que até confundia o adversário,vi Pelé jogar nos estádios, Luiz Pereira e no Costa Coelho onde Carlos César craque comercialino,nosso canhotinha de ouro bailava com maestria,  vi um gol seu contra o Bahia de escanteio, eu estava no canto da arquibancada de madeira, portanto nas suas costas, acompanhei toda a trajetória da bola que deixou o goleiro doidinho, no mesmo Costa Coelho vi um show de bola dos irmãos Ricci,Tadeu Ricci e Mario Augusto Ricci, tempos depois Tadeu levou o Grêmio Portoalegrense a vários títulos, vi a seleção de setenta ser Tri, vi o timaço do Comercial de1966 também o do Botafogo de 1977, vi o começo da carreira de Sócrates, meu amigo, parceiro musical e afilhado o qual agradeço sempre a Deus por tê-lo colocado em meu caminho, a gente lotava o estádio Santa Cruz num jogo insignificante, só pra não perder a magia de suas jogadas que só gênios como ele podem criar em milésimos de segundos, vi a seleção de 1982 que não esqueço a escalação, ao passo que depois dela tivemos duas seleções campeãs que preciso forçar a memória um bocado para lembrar o nome de dois ou três jogadores, não chegando aos pés daquela  que encantou o mundo.
Na área musical vi surgir um ritmo que balançou o mundo, esse tal de Rock and Rol com ele o imortal Elvis Presley, vi nascer a bossa nova, a jovem guarda que nas tardes de domingo segurava o Brasil em frente a tv, vi nascer e morrer os Beatles, vi Alvarenga e Ranchinho, Tião Carreiro e Pardinho, vi surgir o maior poeta musical Chico Buarque, vi, Vinicius de Moraes, enfim vi ídolos que até hoje são festejados pelo nosso país, os ídolos de hoje duram três meses e somem, a geração de meu neto hoje com 11 anos vai crescer sem referência musical,descartando seus ídolos, renovando-os com a mesma rápidês com que cheguei aos sessenta.
Fazer sessenta não é mole não amigo, veja bem e assistindo tv semana passada vi meu amigo promotor público Dr. Carlos César, acho até que seu nome foi em homenagem ao craque citado acima pois é comercialino de carteirinha, Dr. Carlos César faz parte de uma geração de jovens promotores que está mudando a cara do Brasil, vendo seu programa ele dizia que os sessentões tinham vários direitos mas poucos sabiam,como eu estava com a idade batendo na trave, me liguei nos esclarecimentos,direitos como, viajar de ônibus duas pessoas de graça, bastando provar o baixo salário,  ou pagar metade da passagem se os lugares reservados aos idosos estivessem ocupados,direito de não ficar em filas enormes, direito de meia entrada no cinema e existem outros direitos que não me lembro agora mas vou me informar e tentar fazer valer meus direitos de sessentão.
 Se hoje a neve tinge meus cabelos, meus movimentos não são tão rápidos como antigamente, a barriga insiste em não diminuir, tenho a compensação de muitas coisas novas aflorarem, me fazendo estar em processo de criatividade constante, compondo, escrevendo, cantando, amando a vida e a música mais do que nunca, continuo fazendo amigos novos enfim fazendo o que me da prazer.
Encerro o texto de hoje contando um fato que aconteceu no ultimo final de semana no Guarujá, estava com meu amigo também sessentão José Luiz Del Lama e seus dois netinhos, Vinicius e Vitória num super mercado famoso, o avô coruja procurou  o caixa dos idosos, não tinha, eram minutos antes das oito da manhã, a fila era única, pessoas com carrinhos cheios, as crianças estavam incomodadas, Zé Luiz procurou um funcionário e reclamou, em fração de segundos abriram um caixa e solucionou o problema, descobri ai mais uma vantagem do sessentão.
Aos amigos sessentões meu carinho.

Bueno cantor e compositor
buenocantor@terra.com.br 

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