domingo, 25 de setembro de 2011

O enterro de João Nogueira

Queridos amigos este é meu texto desta sexta feira para o Jornal Tribuna, como sempre com uma pitada de humor.
Bom fim de semana, boa leitura e tomara que chova.
Buenão.


O enterro de João Nogueira


* Bueno
buenocantor@terra.com.br
www.buenocantor.blogspot.com

Estava a procura de um tema para desenvolver meu texto desta semana, e não achava nada para escrever da forma que gosto, descontraída, meio que sem compromisso, enfim, contando um causo. Remexendo em meus guardados, me aparece nas mãos um recorte de jornal de 2007. Eu sempre os guardo para pesquisas futuras, caso precise de inspiração ou informações... Nele, Sócrates dizia que sua relação com a morte era algo muito natural e que quando morresse, queria que seu corpo fosse cremado e suas cinzas colocadas em um barril de 50 litros de chope, para que seus amigos o bebessem e assim cada um ficaria com um pouco dele.
Já tinha ouvido Sócrates dizer isso muitas vezes. Certa noite, no Empório Brasília, que era praticamente nosso escritório, onde quase tudo se resolvia, estávamos fazendo um samba, e lembro dos que rodeavam a mesa: Magrão, eu, Kaxassa, Sarjeta e Tião do Violão. Magrão tornou a repetir seu desejo, e até brincando ameaçou de que se não o obedecessem, voltaria para nos cobrar.
Tião do Violão sempre foi meio medroso, já tava meio zoró quando retrucou, dizendo que ele não beberia chope com cinza, até porque deveria ter um gosto de carne queimada e ele detestava carne bem passada, além de que as cinzas de um corpo curtido no álcool por mais de 50 anos deveria ter um teor alcoólico altíssimo e poderia não lhe fazer bem.
Kaxassa mandou ver: “Você vai beber, sim, Tião. Imagina que de repente Magrão encarna na gente e viramos craques, podemos até montar um time e sair por aí jogando de calcanhar!!!. Cara, a gente ia faturar uma grana!!! Imagine, nosso time em campo, todos com a classe e categoria do Doutor, amigo!?!?!” Essa balançou Tião, que convencido pelo argumento de Kaxassa, topou beber chope com as cinzas do Magrão, que de sua cadeira morria de rir.
Sarjeta, que até então nada havia falado, degustava uma genuína Salinas lá da sua Minas Gerais, e empolgado com o papo, colocou aquele pequenino copo sobre a mesa e de imediato passou a mão no celular, convocando Marcelo da Cervejaria Colorado para importante reunião na qual ele deveria fazer a tal química chope versus cinza e colocar tudo num barril.
Só sei que no dia seguinte ninguém lembrava da tal reunião. O tempo passou e sempre lembrávamos daquela memorável noite. Hoje nosso Doutor, em decorrência da bebida, está hospitalizado (saiu ontem) e recuperando-se, estamos torcendo muito por ele e aqui vai meu conselho pra quem exagera no birinaite. Manerem, meus amigos, sim, desfrutem de muitas “geladas” com prazer, mas sempre com muita responsabilidade e cuidados.
Mas, pegando gancho no causo acima, escrevo agora sobre a partida de meu ídolo, o sambista João Nogueira, e que cujo desejo, ao morrer, era ter seu corpo cremado e suas cinzas jogadas em um lugar da capital carioca. Seu filho Diogo Nogueira, que se revelou um sambista de primeira, disse no programa do Raul Gil que ao jogar as cinzas do pai, muito emocionado, pegou um pouco e passou nos braços e corpo para que ficassem nele impregnadas.
O velório foi numa pequena capela do cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, e sobre seu caixão repousavam as bandeiras do Flamengo e da Portela, suas grandes paixões. Em volta, misturados a muita gente anônima, estavam amigos do samba e da boemia, como Zeca Pagodinho, Moacyr Luz, Guilherme de Brito, Nelson Sargento, Alcione, Beth Carvalho, Lecy Brandão – vez ou outra iam ao quiosque lá fora tomar os trezentos litros de chope e cerveja,especialmente encomendados pela esposa do finado, era outro desejo de João Nogueira que queria só alegria em seu velório.
No cemitério, a esposa Ângela ainda levou um litro de uísque e só um copo longo, os mais próximos bebiam e cantavam seus sambas. Um fato cômico aconteceu e foi contado no velório por Luiz Ayrão, que era sempre confundido com João Nogueira, fato que deixava o sambista uma fera. Luiz Ayrão estava indo para o velório de João quando fez um retorno proibido, o guarda o parou e ao reconhecê-lo, disse: “Tudo bem... Desta vez passa... Mas logo o senhor, hein, seu João Nogueira???
Parodiando a campanha, se beber não dirija, digo: Se quiser viver mais, beba menos.

* Cantor e compositor

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ribeirão, Ribeirão - de Noel Costa

Me senti orgulhoso, quando recebi um telefonema de Noel Costa, me pedindo pra gravar uma música bem estilo New York, New York, uma composição sua em que colocou o nome Ribeirão, Ribeirão.
Cidade por mim adorada!!!

domingo, 18 de setembro de 2011

Tim Maia continua vivo

Meus amigos, este é meu texto desta sexta feira para o Jornal Tribuna, é uma história linda, estava engavetada, pensei até em não publicá-la, mas ai está, verdadeira, como tem sido minha conduta em tudo que faço.
Boa leitura e bom final de semana.
Buenão.


Tim Maia continua vivo

* Bueno
buenocantor@terra.com.br
www.buenocantor.blogspot.com

Essa história é incrível, leia até o fim.
Cantei no Restaurante Ponto Chic por dezesseis anos, ali aconteciam coisas incríveis. Lembro-me que, certa noite, estava cantando algumas canções do Tim Maia, e sentados em uma mesa, estava um grupo de amigos, entre eles Roberto Edson, o nosso querido Chico Lorota – que na época era bancário. Ditinho, que também estava presente, pediu-me que deixasse um amigo dele dar uma canja, cantando Azul da cor do mar, do grande Tim. Eu, como nunca neguei canjas, na hora chamei ao palco Cássio Salles. E lá vinha aquela figura caminhando, tinha até a aparência do famoso síndico – menos na cor. E quando Cássio cantou, o público aplaudiu fervorosamente, pedindo bis.  E o nosso Tim Maia de Ribeirão Preto desfilou parte do rico repertório do saudoso Tim Maia. Sócrates estava presente e logo o batizou de Cássio Maia.
Estava descoberto mais um grande talento da nossa MPB, que por muito tempo continuou a dar canjas ali comigo e logo montou uma banda para acompanhá-lo. Entre os músicos dele estava o meu saudoso filho Lucas Bueno, que o adorava e foi seu tecladista por muito tempo. Assim, em meio a música de primeira, a nossa amizade cresceu, levei-o no meu programa na TV Thathi, Canta Ribeirão, e claro, ele arrasou.
Frequentava também o Ponto Chic outro casal de amigos, Valtinho e Marli Fabris, ambos espíritas cristãos, servi o Tiro de Guerra com ele. Marli é médium, na época já tinha psicografado dois livros, psicografou também dezenas de mensagens, entre elas duas de meu filho Lucas Bueno que muito me confortaram.
Certo dia, Marli me telefonou pedindo-me o contato de Cássio Maia (Salles). Dizia ela que tinha recebido uma mensagem do espírito de Tim Maia, ele havia enviado uma música e queria pedir para Cássio colocar seu vozeirão, a la Tim Maia. Perguntei a ela como havia recebido a música, e Marli disse que relutou muito dizendo ao Tim que não sabia música, pediu para que ele procurasse outro médium, mas Tim insistiu dizendo que ela fora indicada em razão de seu trabalho com o acolhimento fraterno, através do qual sua música poderia ser divulgada e alcançar o objetivo junto aos que nela poderiam encontrar  esclarecimentos importantes,  e que para vencer as dificuldades, ele cantaria em seu ouvido e ela reproduziria em um gravador. E assim, de pedaços em pedaços, a música foi montada – fico imaginado o quanto foi difícil para ela.
O arranjo estava pronto no estúdio e convencer Cássio a colocar sua voz foi outra batalha, pois ele tem uma forte formação católica e pouco conhecia do segmento espírita. Por varias vezes deu o cano, até que um dia Valtinho conseguiu que ele encarasse a parada. Lá foi Cássio,  ele que nunca tinha ouvido a música e sem conhecer a letra gravou de primeira. Isso, meu amigo, é muito complicado, quase impossível, só contando mesmo com ajuda vinda de outro plano.
Disse-me Valtinho que ao acabar a gravação, a emoção tomou conta de todos e foi impossível conter as lágrimas. Disse também que Tim Maia assistiu a tudo e ao se despedir, disse para Marli: “Diga ao menino muito obrigado”.
Fui um dos primeiros a ouvir a música Mudanças Radicais, e não tem como duvidar, a linha melódica segue o velho estilo do Tim. E digo mais, na gravação o nosso Cássio dá um grave na voz, aquele grave que o velho Tim dizia quase que sussurrando, que não é do nosso Cássio e sim do Tim Maia, para mim esse é um momento de puro encanto dessa raridade de gravação.
Cássio a canta em seus shows, ele foi descoberto por Jairo, que era empresário do Tim Maia, e hoje é seu empresário. Jairo falou com antigos compositores de Tim Maia, entre eles Michael Sullivan, que cederam algumas músicas e assim Cássio Salles acaba de gravar seu CD. Entre as músicas escolhidas para compor o tão sonhado CD de Cássio Salles, está Mudanças Radicais, que para mim é a mais bonita.

* Cantor e compositor

Deu BO no samba


* Bueno
buenocantor@terra.com.br
www.buenocantor.blogspot.com

Sábado, tipo três da tarde, e eu pensando em que fazer, quando toca meu telefone. É Tião do Violão, e ele vai logo falando: “Buenão, vamos cantar uns sambas lá no boteco da tia?” “Onde fica?”, perguntei, e ele: “Pô, Buenão, é ali no Jardim Macedo, o André seu amigo da secretaria mora lá perto e disse que é muito aconchegante, bem frequentado e tem o que gostamos”. “Pode parar”, eu disse ao Tião, “porque já estou com água na boca”...
Resultado: coloquei no porta-malas meu kit de sambista: violão, cavaquinho, pandeiro, chocalho e tamborim, fiz um chamego em minha primeira dama para conseguir a liberação do alvará e já estava saindo quando ela disse: “Pera aí!!! Eu te levo e te busco. Vai que, de repente, você esquece da promessa que fez ao Magrão, de ser solidário e dar um breque no ‘birinaite’, e tem uma recaída? Quando acabar, você me liga que te busco. E veja se não demora porque a noite temos que ir a um aniversário”. “Tá bom”, eu disse a ela. Quando saio com Tião do Violão tenho até medo porque sempre acontece alguma coisa sem que a gente espere...
Pois bem, bar localizado, Tião já estava lá todo alegrão com violão nos braços. Começamos a colocar nosso papo em dia e ele não sabia que eu estava na abtinência, mas mesmo assim não deixei a peteca cair, passei a mão no meu cavaquinho e o acompanhei em muitos sambas das antigas e inesquecíveis rodas de samba.
Tião já havia desfilado parte de seu repertório quando resolveu dar um tempo, encostou seu pinho na parede, contou algumas piadas e do nada soltou essa: “Buenão, estava outro dia em casa e danei a pensar em alguns cantores que fizeram sucesso com apenas uma música. Fiz até uma lista...” Tirou do bolso uma folha com anotações e começou: “Lembra do João Só???” Falei: “Aquele que cantava Menina da Ladeira?” “Ele mesmo”, respondeu Tião. João Só é o exemplo de cantor de uma música só. “Cara, você tem razão”, respondi e, igual a ele, temos às pencas. Então, citei o Evaldo Braga, que cantava Sorria meu bem, sorria. Aí, ele disse: “Temos a Vanusa, que foi mulher do Antonio Marcos, que fez sucesso só com uma música também: Vem, vem pra bem perto dos meus braços”. Mas, aí eu falei: “Você está enganado, Tião, a Vanusa tem mais sucessos”. Ele duvidou, e eu o lembrei das Manhãs de setembro e Sonhos de um palhaço, que é uma inspiração simplesmente linda feita pelo Antonio Marcos.
“Buenão, e aquele cara que cantava Farofa-fá, também foi só ela e sumiu!” Rebusquei na memória e me lembrei, seu nome era Mauro Celso, já morreu também, como Antonio Marcos e João Só. Em sua lista estavam meus primos Jane e Herondy e nessa ele tinha razão, o sucesso deles foi Não se vá, confesso que não me lembro de outro.
Outros nomes ele ainda não havia falado, mas pude dar uma olhada e eram Tom Zé, João Gilberto, Jair Rodrigues, Noite Ilustrada, Márcia que cantava Ronda e é esposa do Silvio Luiz, tinha o Teixeirinha com seu Churrasquinho de mãe e mais um monte.
Voltamos ao samba, que rolava legal, e estava quase na hora de ligar pra dona patroa me buscar para o tal aniversário. No entanto, quando olho na calçada, vejo chegando ao bar meu amigo André, de braços com duas passistas da Embaixadores, ambas de beleza rara, daquelas que, como dizia Sargentelli, “mulatas que não estão no mapa”. Daí, pensei: “A coisa não vai prestar, vai dá BO.” Mas, como não sou de fugir da raia, fui ficando mais animado ainda e passei a cantar sambas provocando as passistas a sambar como somente elas são capazes, cheias de ginga, cheias de inocentes malícias, e eu só sei que o que estava bom, ficou maravilhoso.
Com todo aquele “cenário”, acabei esquecendo o tal aniversário, como também de ligar para a patroa e caí no samba. As passistas mostravam toda exuberância e charme, só no sapatinho e eu ali cheio de amor pra dar, encostei meu cava­quinho e até arrisquei uns passos no samba, quando alguém me deu um toque: “Buenão!!!” Falei: “O quê?” “Dê uma olhada na porta do bar”. A galera parou o samba, eu dei uma geral e dei de cara com minha primeira-dama, de braços cruzados, chave do carro na mão... Nem precisou dizer nada, enfiei minha viola no saco, juntei meu kit de sambista e fui dançar uma valsa em casa.

* Cantor e compositor

terça-feira, 13 de setembro de 2011

CORINTHIANS - Por que és tão grande?


CORINTHIANS - Por que és tão grande?

Texto escrito por um jornalista São Paulino - Rica Perrone.

Quando garoto, são paulino como todos sabem, eu odiava o Corinthians. Naturalmente, pois todo tricolor é assim, e vice-versa. O tempo passou, eu me tornei jornalista, passei a conhecer torcedores, dirigentes e jogadores de todos os clubes, e assim meu “ódio” sumiu.
No lugar dele veio o respeito, pois quando se enxerga mais do que um só clube sua visão muda completamente. Ali, no meio da torcida no Pacaembu, aprendi e entendi porque eu odiava o Corinthians.
E hoje, quando o Timão faz 101 anos, faço questão de prestar uma homenagem a uma das mais belas torcidas que conheço, assim como um dos maiores clubes do mundo.
Eu nunca entendi, quando garoto, porque aquele time que não tinha estádio, não tinha nem Brasileirão ainda, acabara de sair de uma fila gigante e sem estrutura poderia se comparar ao meu.
Afinal, como esse time pode ter mais torcida que outros que vivem bom momento? Como é possível tanta gente gostar e idolatrar um clube que mais decepciona do que dá alegrias?
Porque a mídia falava tanto do Corinthians? Porque o clássico era, pra imprensa, “Corinthians e São Paulo”, e não o contrário? Porque eles vendiam na crise, porque eles tinham destaque na TV todo dia mais que os outros?
Que diabos de bonito havia em jogar num estádio pequeno e alugado? Porque era tão “importante” pra eles serem “fieis” na alegria e na dor? Porque exaltar a dor?
Nunca entendi, pois meu time não deixava. Ele é muito diferente do Corinthians, quase o extremo oposto.
Até que passei a estudar, conhecer, respeitar, amadurecer. E assim, junto com a paixão pelo futebol em geral, veio o respeito e o entendimento de tudo que jamais consegui entender.
Ele é o que é porque sua história representa mais do que um clube. Representa o operário vencendo a elite. Representa o povão encarando os ricos, saindo da várzea para ser protagonista entre a elite. E sua origem é essa, belíssima.
Representa mais do que futebol. Representa, em seu começo, uma classe. E assim como Grêmio e Inter, envolve muito mais do que 11 caras e uma bola. Tem politica, lado social, cultural, etc.
Mal estruturado, mal administrado, como quase todos os clubes brasileiros já foram um dia, ou são até hoje.
Mas conquistou algo que raros conseguiram, que é uma torcida gigante e “fiel”. E fiel é aquele que está ali na alegria e na dor, como nota-se o crescimento da massa alvi-negra nos extremos momentos de dor.
E foi ali, no Pacaembu, que é sim o “estádio do Corinthians”, como Maracanã é o do Flu e do Fla, como o San Siro é do Milan e da Inter, que notei porque eles são tão unidos, tão fortes e tão relevantes.
Na porta do estádio pouco se ouve os argumentos para estarem lá atrelados ao jogo. “É clássico”, “é final”. Que nada, “é o Corinthians!”.
Eles se acham a mais forte torcida de São Paulo, e são.
Eles confundem um pouco a paixão com a cegueira, como todo torcedor.
Eles vão fazer a cidade de São Paulo assistir a uma festa jamais vista quando ganharem a Libertadores, e isso está perto de acontecer.
Eles nunca foram coadjuvantes. Eles conseguem ser protagonistas na crise, na boa, na liderança ou na lanterna. Todo santo dia só se fala no Corinthians. Você liga a TV e discutem a fase do Corinthians. Liga o rádio e há sempre uma reportagem sobre o Corinthians.
Isso não é “comprado”, não é “sorte”, é apenas mérito místico de quem conseguiu se transformar num gigante saindo da lama. E é essa a história.
História que faz do Corinthians alvo de piadinhas, de rótulos não tão atuais, mas eternos. “Maloqueiro, sofredor, favelado”, etc.
Mas que também faz do Corinthians um clube diferenciado, gigante pela propria natureza, merecedor da nação que o segue.
Já o odiei, já o invejei, já debochei. Quando torcedor, tudo isso cabe e faz parte. Hipocrita do jornalista que disser que nasceu imparcial. Não existe, quando garotos somos todos torcedores e só.
Hoje, com 101 anos, o Corinthians está fazendo seu estádio tão sonhado, tem uma das maiores rendas do país, é líder do campeonato, briga pelo título brasileiro e vai muito bem, obrigado.
Se as administrações anteriores deixaram o Corinthians atrás da maioria na estrutura, também deixaram maior na euforia pelas conquistas. Hoje eles vibram, vislumbram um futuro brilhante, até mais do que seu passado.
Hoje, como sempre, o Corinthians é o protagonista.
E não me espanta, porque é assim há 101 anos, seja pela crise, seja pela glória.
Aquele bando de loucos que tanto incomoda aos rivais continuará crescendo. Independente de títulos, crises, rebaixamentos ou problemas administrativos. Simplesmente porque o Corinthians assim se fez, assim cresceu e assim se tornou o que é hoje.
Grandeza, quando não se explica, é porque é maior do que pode ser explicado. E assim é o Corinthians.

* Escrito por Rica Perrone 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Emocionados, amigos falam sobre os motivos da doença de Sócrates


esportes.r7.com
Amigos do ídolo do Corinthians falam sobre os motivos da doença. Sócrates foi internado na última segunda-feira (5), pela segunda vez, e diagnosticado com cirrose, doença que compromete o funcionamento do fígado.


Caros amigos, tive a honra de participar desta matéria gravada pela Record.

sábado, 10 de setembro de 2011

Içami Tiba (ESSA DEVE SER FIXADA NA PAREDE!


Quem ama, educa.

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc... 
3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados. 
4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas. 
5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer?
A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa.
A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio,
a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinqüente

7. 
Em casa que tem comida, criança não morre de fome.
 Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer. 

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender. 

9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0. 

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconseqüente. 

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual. 

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga.
A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo' . 

13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita. 

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo. 

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo. 

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade. 

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca. 

18. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também. 

19. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida. 

20. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão. 

21. Pais e mães não podem se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham.
'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype,é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe. 

22. O erro mais freqüente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando
alguém é educado achando-se o centro do universo. 

23. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

24. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final. 

25. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.

Frase: "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, para um templo, para uma doutrina espiritual, não vai buscá-lo na cadeia

domingo, 4 de setembro de 2011

O PONTO NEGRO (autor desconhecido)


Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago.
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.
O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte: 
- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo. 
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.
Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Este teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco.
Todos
 centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado.
Temos motivos para comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro!
O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.
Pense nisso! 
Tire os olhos dos pontos negros de sua vida.
Tranqüilize-se e seja .... FELIZ

Utilidade pública

A carne já está na churrasqueira...

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...a galera chega com latas e mais latas de cerveja quente. Como gelar?


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O professor Cláudio Furukawa, do Instituto de Física da USP,
vai responder essa questão.


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1) Coloque o gelo e as latas num isopor


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2) Para cada saco de gelo (5kg), coloque 2 litros de água


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3) Para cada 2 sacos de gelo adicione 0,5 kg de sal refinado


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4) e 0,5 litro de álcool (92º GL)


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A água aumenta a superfície de contato, o sal reduz a temperatura de fusão do gelo (ele demora mais para derreter) e por uma reação química o álcool retira calor das latas de cerveja. 

Os físicos denominam o composto de: 
mistura frigorífica:
 GELO, ÁLCOOL, SAL E ÁGUA


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A mistura frigorífica é barata e a cerveja fica em ponto de bala após 3 minutos. 


Repassem, pois esse assunto é de vital importância para o futuro da nação cervejeira!!!


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Simplesmente Linda


Faz cinco anos que a conheço
E foi meio que por acaso
De minha janela a vi
Fiquei logo encantado

Estava vestida de um verde lindo
Alguns sobre tons amarelo-limão
Sua beleza era de tamanha formosura
Não tinha como não olhar pra ela não

Certa manhã cruzei com ela em sua calçada
Enchi-me de coragem lhe fiz um gracejo
Um vento forte levantou sua saia
Despertando em mim maliciosos desejos

Sabedora que é dona de meu olhar
Pra me provocar até se mostrou nua...
Braços abertos como me pedir um abraço
E eu louco pra matar essa vontade sua




Dia destes ela lembrou-me Carmem Miranda
Toda enfeitada com mil balangandãs
Adereços de causar inveja em jóias raras
Com a promessa de mudança nas manhãs

Hoje a vi de vestido novo
Toda charmosa com ar de mocinha brejeira
Fiquei pensando...Mas como você é linda
Minha bela e doce... CAJAMANGUEIRA !!!


Bueno 01/09/2011( Observador do cotidiano)

Versos em homenagem a um Pé de Cajamanga, que todos os dias vejo de minha janela...
Essa Cajamangueira está Rua Mariana Junqueira, na calçada do estacionamento Horeb, é cuidada com carinho por eles e pelo Valcir (Aroeira) do Centro Espírita Unificação Kardecista que fica ao lado. Todos os dias recebe água em seu tronco e os presenteia com tudo que acima escrevi.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

De calcanhar...



* Bueno
buenocantor@terra.com.br
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Pegou-me de surpresa a notícia de que Sócrates havia sido internado em estado grave, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está morando. Era uma noite de sexta feira, e hoje em dia, com a rapidez da internet, em instantes a notícia rodou o mundo. O quanto ele era querido eu já sabia, pelo tempo de convivência que já tenho com o Magrão, tantas manifestações de carinho só vieram confirmar essa empatia. E elas chegavam aos montes. Amigos se manifestando por e-mail, Facebook, começando correntes de orações... A todos, eu respondia: “Vamos, sim”. É o mínimo que podemos fazer pra quem deu tanta alegria ao povo brasileiro com seu futebol talentoso, e com suas posições políticas de honradez e amor à pátria.
Lembro-me da Copa do México, em que na hora de tocar nosso Hino Nacional, a organização pisou na bola e tocou o Hino à Bandeira. Sócrates era nosso capitão, na cabeça uma faixa escrito “democracia”. Já no primeiro acorde percebeu a mancada dos caras e mandou os demais jogadores desmancharem a formação. Foram bater bola, não acredito que outro jogador tomasse a mesma atitude do Doutor.
Voltemos à noite de sexta-feira, que para mim parecia não ter fim. Passei o tempo todo de olho na TV e atendendo telefonemas e e-mails de amigos que chegavam do Brasil todo e dos quatro cantos da terra: Japão, Inglaterra, Portugal, Estados Unidos, todos desejando que ele se recuperasse logo, ninguém o criticava.
Eu e minha família amamos Magrão como a um irmão, em minha casa ele é uma pessoa especial, minha gratidão para com Sócrates é infinita, é meu melhor amigo, no campo da música somos parceiros, juntos fizemos mais de 50 canções.
Sócrates é um poeta de cultura vasta, é um letrista que sabe exatamente a palavra a ser colocada, suas rimas são de uma riqueza só, e como parceiros a gente fez coisas lindas e parte está no CD Sócrates, Bueno e convidados, com participação de “feras”como Toquinho, Carlinhos Vergueiro, Simone Guimarães, Raí, Mauricio e Marcelo e grandes músicos que também deixaram suas assinaturas.
Amanheceu sábado e nada mudou, as notícias me chegavam só através da TV, e foi assim até que consegui falar com sua esposa Kátia, que incansavelmente permaneceu a seu lado como uma grande guerreira. Ela passou-me só coisas boas sobre Sócrates, que repassei para nossa galera, deixando-a feliz!!
Falei com Tio João, médium espírita considerado por quem o conhece, o Chico Xavier de Ribeirão Preto – Sócrates diz que Tio João veio nesse mundo só para fazer o bem. Tio João cuida de mais de 50 idosos lá no Lar do Jovem Idoso, que Sócrates muito ajudou. Tio João disse-me que a espiritualidade, sabendo o que ia acontecer, o conduziu em companhia do espírito de Dr. Alexandre, médico, e de toda uma equipe de profissionais que, sob o comando de Dr. Bezerra de Meneses, uma hora antes já estavam no hospital preparando o ambiente. Quando Sócrates chegou, mãos caridosas dos médicos, guiadas pelas mãos de Deus, realizaram um verdadeiro milagre.
E Sócrates, se recuperando bem e de alta, surpreende o Brasil numa entrevista ao Fantástico. Afirmou que não iria mais consumir bebida alcoólica e fumar. Foram duas jogadas de calcanhar, geniais.
Os amigos de Ribeirão Preto convocaram uma reunião de emergência no Cineclube Cauim, levantando a pauta: seriam todos solidários ao Magrão, todos deixariam de fumar e beber.  Estavam presentes Tião do Violão, Marcelo da Colorado, Kaxas­sa, Sarjeta, Cachorrão, Pierre, Fê, Caburé, Odônio, Sergio Ferreira, Marcinho Coelho, Nelson, Paulinho Camargo, Rai­mar, Duzão e mais alguns agregados.
Kaxassa propôs que todos tomassem a saideira em homenagem ao grande amigo e ex-companheiro de copo, e a Colorado patrocinou. Só posso dizer que a reunião começou na segunda, hoje é sexta-feira e ainda não acabou. Nunca vi tanta saideira, amigo, isso é que é solidariedade!!!!!!!!! Caro amigo Sócrates, estou compondo um lindo samba e preciso de parceria na letra, vamos nessa?? E pare de nos assustar parceiro. E, viva a vida com saúde!!!!!

* Cantor e compositor