sábado, 29 de outubro de 2011

Tributo a Johnny... eu estava lá!


O dia amanheceu lindo, parecia adivinhar o que ia acontecer no último 31 de agosto. O sol mansamente ia aquecendo nossa cidade neste final de inverno. Era o dia marcado para o histórico show Tributo a Johnny Oliveira, músico do Grupo Nós que nos deixou recentemente. Oito da manhã e nosso Teatro de Arena Jaime Zeiger nos esperava todo sorridente. O Alto do Morro do São Bento abria os braços para receber várias equipes que passariam o dia preparando esse local mágico, que no anoitecer receberia cerca de trinta artistas.

A união de Altair, Doni, Nilson e o próprio Grupo Nós, todos profissionais do meio musical que cederam gratuitamente seus equipamentos para esse grande evento, sob a coordenação do líder Henrique Bartsch, foi fundamental para o sucesso do evento. Entre cabos, monitores, pedestais, iluminação e telão, estavam os sempre fiéis Bill, Madeira, Meio Quilo, Cidão, Paulo Magalhães, Mauro Jr., Jéferson e Bicudo, cuidando de cada detalhe com carinho. Sabiam que deles dependia o sucesso da homenagem que seria prestada ao companheiro de tantos anos: o inesquecível Johnny.

Durante todo o dia, a movimentação no Arena foi enorme, com músicos chegando de várias cidades. No meio da tarde chegou o José Cláudio (antigo integrante do Grupo Nós, hoje morador em Botucatu), atendendo a convocação e com a partitura que recebera por e-mail. Soprava feliz a sua flauta, tendo como acompanhante Henrique no violão. Disse que não perderia este show por nada e trouxe na bagagem também o sax.

O canal TV Cidade, do meu grande amigo Evaldo Jardim, única TV presente, enviou os incansáveis profissionais Fernando, Marco e Wellington, que já no entardecer se posicionavam para a gravação.

A noite caiu no Teatro de Arena, assumiu a mesa de som frontal Max, irmão do Henrique, com auxilio de Marcelo e Roger, escudeiros do Cipó. Tudo pronto, o público seleto ia aos poucos ocupando os espaços. Nos bastidores, reencontro de amigos de música e estrada que há muito não se viam. Entre abraços e mais abraços, lágrimas banhavam rostos saudosos. E eu ali, vivenciando tudo.

Antes dos primeiros acordes, Máximo convidou a todos, e numa só voz rezamos o Pai Nosso. Foi emocionante! Então começou o desfile de artistas, que nada devem aos maiores do planeta: Grupo Nós, Grupo 17, Mauricio e Marcelo - esbanjando alegria - e eu, que cantei com Henrique "Feche os Olhos". Foi a primeira música que, na mocidade, nós cantamos com Johnny. Quando cantei minha segunda música, As Curvas da Estrada de Santos, olhei para minha direita e vi quatro sopros: Noel, Helcio, José Claudio e Wilson. Que honra a minha! Tudo sem ensaio! Só na partitura!!!

O show seguia com a banda Nós Quatro. Subi então para tomar minha primeira cerveja. Até então estava zerado. No meio da galera, dei de cara com o Kiko Zambianchi, que disse: "Vim para cantar!" E, de repente, lá estava ele no palco "rolando as pedras", e o show seguia com Johnny no telão e depoimentos de amigos longínquos: Lão, de Miami; Ferpa, direto do Japão; Ricardo, de Salvador. E lá vinha música, com ETC, Banda Tao, Pearl Cover, Maguila, Grilo, Vandinho, Maurão, Carlito, Perereca, Marcinho, Maira, Alex, Marcel, Prego, Carnot e o Grupo Nós, com Camila Zambianchi. Encerramos com todos no palco cantando o grande sucesso da banda, Fui eu quem quis assim.

O show foi beneficente e toda a alimentação arrecadada encheu uma caminhonete. Os produtos foram destinados para o Centro Espírita Mariano do Nascimento, que fica na Lagoinha. Saímos do Arena como se estivéssemos flutuando, tamanha era a leveza de nossas almas, e com a certeza de que, de onde Johnny a tudo assistiu, se sentiu realizado. E aqui deste lado, digo a ele: "Caro amigo Johnny, amigo não se compra, mas sim ... conquista-se. E foi o que você fez durante o tempo em que por aqui esteve e apenas parte de seus amigos lotou o nosso Teatro de Arena".

Tributo a Johnny Oliveira... eu estava lá!

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