domingo, 30 de outubro de 2011

Domingo no Mercadão da cidade

A meteorologia já havia anunciado: o último domingo, 8 de novembro, seria chuvoso com sol entre nuvens. E não é que desta vez acertaram?
O dia amanheceu meio que emburrado, meio cinzento... O sol bem que quis mostrar a cara para a alegria de quem quer bronzear o corpo, mostrando as cores do verão, mas tímido, se recolhia entre nuvens. Pedrão, lá no céu, ameaçava abrir suas torneiras, mas ficou só na ameaça.

Percebi que não ia dar clube. Após atualizar-me com jornais matinais e revistas, fiquei pensando numa maneira de ocupar-me pelo resto do dia. Lembrei-me do convite do meu amigo Giba do Pandeiro, que aos domingos - juntamente com Valdeci Violão Sete Cordas e Tiago Santos, que manda ver no cavaquinho e bandolim - alegra com sua arte a clientela do novo Mercadão. Tratei logo de vestir uma bermuda, uma camisa listrada, sapato branco e meu inseparável chapéu Panamá e, com a patroa a tiracolo, cheguei por volta de 11h30 e percebi que muita gente resolveu fazer o mesmo programa.

Passei pelo restaurante japonês Harume, de meus amigos Mamoro e Margareth. Ela é filha do professor Toshio Osawa, responsável pela formação de muitos judocas em nossa cidade. Mamoro, como sempre, de bom humor e preparando tudo de gostoso que seria servido para sua refinada clientela. Dos corredores já ouvia o bom som que vinha do piso superior. Acomodei-me, dei uma geral para ver o que mais se consumia e mandei meu pedido para o garçom: pasteis tipo aperitivo e uma loira bem gelada, combinando com o ambiente. Estava ali molhando a palavra quando do nada surge em minha frente meu amigo Mamoro com uma bela embalagem contendo sashimi de salmão, raiz forte, choio e demais ingredientes, colocando na minha mesa como cortesia. Lógico que adoramos... Esse Mamoro é demais.

A música invadia a tarde e entre sambas, boleros e tangos via meu amigo Joel e sua namorada Adelaide darem um show de dança. Vê-los dançar é um prazer: Joel conduz sua parceira como se estivesse deslizando sobre plumas, parece que estão passeando num campo florido. De repente, Tiago passa a mão no seu bandolim e começa a tocar uma música grega. O salão se inflama e os músicos são aplaudidos de pé. E eu ali, assistindo a tudo, maravilhado.

O trio deixa a ultima seleção para convidar os famosos "canjeiros", aqueles que se realizam cantando e lá fui eu cantar Espelho e Súplica, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Depois Graça, esposa do Zinha, cantou Ave Maria, de Vicente Paiva e Jayme Redondo. Essa foi a música que Fafá de Belém cantou para o papa no aterro do Flamengo. Minha surpresa maior foi quando surgiu Leandro, um jovem que pensei que só dançasse, mas que mandou ver no gogó Viagem, de Paulo César Pinheiro e João de Aquino. Sueli de Lazzari cantou Chega de Saudade, de Tom e Vinicius.

O tempo passou, nem percebi e o domingo musical chegou ao fim. Passei pelo restaurante Harume e dei de cara com uma enorme mesa em que meu amigo André Halah, diretor da rede de academias Esporte e Cia., que em companhia de seu famoso papai Dr. Said Halah, advogado, família e amigos se deliciavam com iguarias japonesas.

Vejam só, um domingo que tinha tudo pra ser qualquer nota transformou-se em um domingo nota dez. Mercadão novo aos domingos, recomendo.

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