tag:blogger.com,1999:blog-43327498366102378372024-03-05T00:43:47.606-08:00Bueno CantorBuenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.comBlogger281125tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-23185874502152336092014-11-15T15:35:00.001-08:002014-11-15T15:35:22.278-08:00Sócrates e os cientistas<div align="right" class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Bueno * </span></i></b></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">buenocantor@terra.com.br</span></i></b></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: right; white-space: pre-wrap;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">www.buenocantor.blogspot.com</span></i></b></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Algum tempo depois de Sócrates ser resgatado para morar na esfera superior, estava eu uma noite no Templo da Cidadania a convite do Kaxassa, cineasta e agitador cultural de Ribeirão Preto – gosta tanto do apelido que o incorporou ao nome, Fernando Kaxassa. Levando um lero com ele, com o cotovelo naquele balcão de madeira apreciando aquele chope da Colorado, o papo rolava solto. Entre as personalidades presentes naquela noite estava o doutor Sérgio Ferreira, cientista e professor da Universidade de São Paulo (USP).</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Ele foi professor de Medicina de Sócrates, doutor Sérgio é hoje recconhecido internacionalmente, pois descobriu que no veneno da cobra jararaca havia um novo remédio para controlar a pressão arterial. Depois de derrotarmos alguns chopes, meu querido amigo cientista se aproximou e, como sempre, veio falar sobre o Sócrates. </span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Com orgulho comentava que o Magrão foi seu aluno mais brilhante, disse ele que ele viajava muito com o Botafogo e perdia muitas aulas em comum acordo com alunos de classe, que o tinham como ídolo. Mudavam as datas das provas para que nosso craque não fosse prejudicado. Chegava de viagem, dava uma lida rápida nas matérias e sempre tirava notas melhores que os outros, que rachavam de estudar.</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Entre um chope e outro, doutor Sérgio disse que se Sócrates, ao invés de optar pelo futebol, abraçasse a medicina teria sido um dos maiores cientistas do mundo. Daí até fiz uma brincadeira: “Pois é, Serjão – assim o tratamos na intimidade –, o cientista só mudou de lugar, foi para os campos do mundo levar toda a essência do futebol, o mundo teve a oportunidade de ver um cientista da bola. Para ele, o resultado do jogo era o menos interessante, o importante era o espetáculo. Quando ele saía de campo com a certeza de havia sido um grande jogo, sentia-se realizado.”</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Por falar em cientista, o brasileiro Paulo Teixeira, ligado ao governo federal, convidou um grupo de cientistas americanos e europeus para uma expedição que fizeram muitos anos atrás, ou seja, descer um rio do pantanal visitando ribeirinhos e pesquisando tudo. Os estrangeiros queriam saber da possibilidade de convidarem Sócrates para esta parada e, depois de muita insistência, Magrão topou, desde que no navio tivesse muita cerveja. Bases acertadas, lá foram eles, levando também o Kaxassa.</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Disse Kaxassa que a cozinheira Tereza, que era superfã de Sócrates, não sabia o que fazer para agradá-lo e lhe cobria de mimos. Também não sabe explicar como toda população ribeirinha já sabia que naquela embarcação estava o Doutor Sócrates. Logo na primeira parada, num pequeno vilarejo, alguém encaminhou até ele um caboclo com um enorme facão na mão. O cabra tinha fama de matador e foi dizendo a Sócrates que a mulher dele não andava, tinha dores terríveis no joelho, uma das especialidades do Doutor.</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O matador queria que ele a atendesse, mas não queria que colocasse a mão na perna da sua mulher. Sócrates deu uma recuada e disse: “Eu sou médico, só quero poder ajudar”. Aí o cara respondeu: “Doutor o senhor pode, mas só o senhor que foi capitão da mais linda seleção que vi jogar.” Sócrates apalpou seus joelhos, o homem só de butuca, depois mexeu aqui, mexeu ali e pediu pra ver os remédios que ela estava tomando. Na hora ele jogou todos no rio e disse: “Tá tudo errado”. Em seguida prescreveu o que ela deveria tomar.</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O navio seguiu rio abaixo e as histórias pipocavam uma atrás da outra, os cientistas mal acreditavam que estavam ali com Sócrates. Kaxassa disse que uma sueca parecia ver miragens. A cozinheira do navio aceitou o convite de Sócrates e Kaxassa para conhecer Ribeirão Preto e também sair no bloco de carnaval Berro, e assim pode rever os amigos que fez na expedição.</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Sócrates perguntou sobre o caboclo e sua mulher medicada, ela disse que como um milagre a dona foi curada e até estava pescando com o marido, e que agradece a Deus sua passagem por lá. Kaxassa, quando lembra de tudo isso, sempre repete: “Buenão, o Magrão era um bruxo, amigo...”</span></div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">* Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-67997555803824578972014-09-30T08:09:00.001-07:002014-09-30T08:09:24.769-07:00Propriedades da banana<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Nunca coloque banana na geladeira!</span> </strong><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<em><b> </b></em><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<em><b><span style="font-size: 13.5pt;">Isso é interessante.</span></b></em><strong><span style="font-size: 13.5pt;"> </span></strong><br />
<strong><span style="font-size: 13.5pt;">Depois de ler isto,
você nunca vai olhar para uma banana da mesma maneira novamente.</span></strong><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 13.5pt;">A banana contém três açúcares naturais -
sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra. A banana dá uma instantânea
e substancial elevação da energia. </span></strong><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 13.5pt;">Pesquisas provam que
apenas duas bananas fornecem energia suficiente para um treino de 90 minutos extenuantes.
Não é à toa que a banana é a fruta número um dos maiores atletas do mundo. </span></strong><b><span style="font-size: 13.5pt;"><br />
<br />
<strong>Mas energia não é a única forma de uma banana poder nos ajudar a manter
a forma. Pode também nos ajudar a curar ou prevenir um grande número de
doenças. Tornando-se uma obrigação adicionar a banana à nossa dieta diária.</strong></span></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Depressão: </span></strong><span style="font-size: 13.5pt;">De acordo com recente pesquisa realizada
pela MIND, entre pessoas que sofrem de depressão, as pessoas se sentiam
melhores após ter comido uma banana. Isto porque a banana contém triptofano, um
tipo de proteína que o corpo converte em seratonina, reconhecida por relaxar,
melhorar o seu humor e, geralmente, fazem você se sentir mais feliz. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">TPM</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">Esqueça
as pílulas - coma uma banana. A vitamina B6 regula os níveis de glicose no
sangue, que podem afetar seu humor. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Anemia: </span></strong><strong><span style="font-size: 13.5pt;">contendo muito</span></strong><span style="font-size: 13.5pt;"> ferro, bananas estimulam a produção de
hemoglobina no sangue e ajudam nos casos de anemia. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Pressão Arterial:</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">Este
fruto tropical é muito rico em potássio, mas reduzido em sódio, tornando-a
perfeita para combater a pressão alta. Tanto é assim, que a Food and Drug
Administration nos Estados Unidos, permitiu que a indústria da banana
oficialmente informasse ao publico, que ao comer essa fruta, ela poderá reduzir
o risco de pressão alta e infarto.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Cérebro:</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">200
estudantes da escola Twickenham na Inglaterra tiveram ajuda nos exames este
ano, comendo bananas no café da manhã, lanche e almoço em uma tentativa de
elevar sua capacidade mental. A pesquisa mostrou que o elevado teor de potássio
na banana, pode ajudar a aprendizagem, tornando os alunos mais alertas.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Constipação: </span></strong><span style="font-size: 13.5pt;">com elevado teor de fibra, incluir bananas
na dieta pode ajudar a normalizar as funções intestinais, ajudando a superar o
problema sem recorrer a laxantes. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Ressaca:</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">uma
das formas mais rápidas de curar uma ressaca é fazer uma vitamina de banana,
adoçado com mel. A banana acalma o estômago e, com a ajuda do mel aumenta os
níveis de açúcar no sangue, enquanto o leite suaviza e reidrata o sistema. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Azia: </span></strong><strong><span style="font-size: 13.5pt;">elas</span></strong><span style="font-size: 13.5pt;"> têm efeito antiácido natural no
organismo, por isso, se você sofre de azia, experimente comer uma banana para
aliviar.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Enjôo matinal: </span></strong><strong><span style="font-size: 13.5pt;">comer</span></strong><span style="font-size: 13.5pt;"> uma banana entre as refeições ajuda a
manter os níveis de açúcar no sangue elevado e evita as náuseas. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Picadas de mosquito:</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">antes
do creme para picada de inseto, experimente esfregar a zona afetada com a parte
interna da casca da banana. Muitas pessoas acham excelentes para reduzir o
inchaço e a irritação. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Nervos:</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">Bananas
são ricas em vitaminas do complexo B que ajuda a acalmar o sistema nervoso.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Excesso de peso</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">e
no trabalho? Estudos do Instituto de Psicologia na Áustria mostram que a
pressão no trabalho leva à excessiva ingestão de alimentos como chocolate e
biscoitos. Estudando 5000 pacientes em hospitais, pesquisadores concluíram que
os mais obesos eram os que mais sofriam de pressão alta e ataques de ansiedade.
O relatório desse estudo, concluiu que: para evitar que comamos biscoitos e
doces quando estamos ansiosos, então é necessário que se coma alimentos ricos
em carboidratos a cada duas horas para manter níveis estáveis de açúcar no
sangue, e é aí que entra a nossa querida banana.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Úlceras:</span> </strong><span style="font-size: 13.5pt;">A banana é usada na dieta diária contra
desordens intestinais pela sua textura macia e suavidade. É a única fruta crua
que pode ser comida sem desgaste em casos de úlcera crônica. Também neutraliza
a acidez e reduz a irritação, protegendo as paredes do estômago. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Controle de
temperatura:</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">Muitas culturas vêem a banana como fruta
'refrescante', que pode reduzir tanto a temperatura física como emocional de
mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, as grávidas comem bananas para os
bebês nascerem com temperatura baixa.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Seasonal Affective Disorder (SAD): </span></strong><strong><span style="font-size: 13.5pt;">a</span></strong><span style="font-size: 13.5pt;"> banana auxilia os que sofrem SAD, porque contêm a vitamina
B6 e Triptofano, que nos acalma e nos faz ficar bem humorados. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Fumar e Uso do
Tabaco:</span></strong> <span style="font-size: 13.5pt;">As bananas podem ajudar as pessoas que
tentam deixar de fumar. Vitaminas - A, B6 e B12, assim como o potássio e
magnésio, ajudam o corpo a recuperar dos efeitos da retirada da nicotina. </span><br />
<br />
<strong><span style="font-size: 16.5pt;">Stress:</span></strong> O potássio é um mineral vital, que ajuda a normalizar os
batimentos cardíacos, levando oxigênio ao cérebro e regula o equilíbrio de água
no corpo. Quando estamos estressados, nossa taxa metabólica se eleva, reduzindo
os níveis de potássio que podem ser reequilibrado com a ajuda da banana, que é
rica em potássio. <br />
<br />
<strong><span style="font-size: 18pt;">Enfarto:</span> </strong>de acordo com
pesquisa publicado no New England Journal of Medicine, comer bananas como parte
de uma dieta regular, pode reduzir o risco de morte por enfarto em até 40%! <br />
<br />
<strong><span style="font-size: 18pt;">Verrugas:</span> </strong>os<span style="font-size: 13.5pt;"> interessados em alternativas naturais
juram que se quiser eliminar verrugas, pegar um pedaço de casca de banana e
colocá-lo sobre a verruga, com o lado amarelo para fora. Segure cuidadosamente
a casca no local com esparadrapo!</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<strong><span style="font-size: 13.5pt;">Assim, a banana é um
remédio natural para muitos males. Quando você compará-lo com uma maçã, tem
quatro vezes mais proteínas, duas vezes mais carboidratos, três vezes mais
fósforo, cinco vezes mais vitamina A e ferro e o dobro das outras vitaminas e
minerais. Também é rica em potássio e é um dos alimentos mais valiosos para
nossa saúde. Então talvez seja hora de mudar essa frase em inglês, tão
conhecida: 1 apple a day, keep the doctor away, e que nós traduzindo deveríamos
usar: "Uma banana por dia mantém o doutor sem freguesia!" </span></strong><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><br />
<br />
</span><strong><span style="font-size: 20.5pt;">PASSE PARA OS AMIGOS</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></strong><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><br />
</span><strong><span style="font-size: 13.5pt;">PS: Bananas devem ser a
razão pela qual os macacos são tão felizes o tempo todo! Vou acrescentar uma
dica aqui; quer um brilho rápido nos sapatos? Pegue a parte de DENTRO da casca
da banana e esfregue diretamente sobre o sapato... Passe após, um pano seco.
Fica incrível!</span></strong>Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-65740103443587300252014-09-26T06:33:00.001-07:002014-09-26T06:33:34.958-07:00Artistas, seres especiais...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic8L5d5HU3HY7ehHZx6X18d7fD2Oy9h4u3eYgyUnhKCXXhvchKWH3_SwqGNqUNYnZsUIj6lc4zQlaaUFTes4bkWV8pfsGWllxkkkHLrCgZhRxLNmAiHqTO27hY7JBePe6BPlPjxV0F7Lk/s1600/bueno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic8L5d5HU3HY7ehHZx6X18d7fD2Oy9h4u3eYgyUnhKCXXhvchKWH3_SwqGNqUNYnZsUIj6lc4zQlaaUFTes4bkWV8pfsGWllxkkkHLrCgZhRxLNmAiHqTO27hY7JBePe6BPlPjxV0F7Lk/s1600/bueno.jpg" height="161" width="320" /></a></div>
<br />Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-63579522085961568762014-09-12T07:08:00.000-07:002014-09-12T07:08:40.635-07:00Fio de bigode<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Bueno *</span></i></b></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">buenocantor@terra.com.br</span></i></b></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">www.buenocantor.blogspot.com</span></i></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"></span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"></span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Guardo muitas coisas do meu tempo de menino que valem a pena serem lembradas, como por exemplo, o título de minha crônica de hoje: “Fio de bigode”. Houve um tempo em que não existia garantia maior do que esta, muitas vezes vi meu velho pai repetir esta pequena frase quando se referia a uma negociação, seja ela qual fosse. Em sua simplicidade, dizia ele bem assim: “Olha aqui caboclo, to dando de garantia um fio do meu bigode”. E fazia de conta que tirava um fiapo de seu cerrado bigode. E nem precisava porque preservar o nome era o que se tinha de mais sagrado naquela época, era tipo código de honra.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Hoje, eu aqui do alto dos meus 66 anos e já batendo na porta dos 67, pois dia 18 de outubro está a pouco mais de um mês, outra vez revisito o fundinho da gaveta da minha memória para assim falar de Rosemiro Bueno, o velho Roi, meu pai. Quando ele fez 50, eu o olhava sentado em sua confortável poltrona e o via pitando seu cheiroso cigarro de palha. Dizia que o fumo era goiano legítimo. Também tinha a mania de fazer três coisas ao mesmo tempo, como ouvir seu velho radinho de pilhas e ler seu jornal com a TV ligada.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Daí eu pensava: “Poxa!!! Meu pai está velho...” Ele viveu mais alguns anos e nos deixou antes de fazer 60, e eu hoje com quase 67 ainda tomo banho sozinho (rsrsrsrsr), dobro as pernas nos joelhos para lavar os pés, não dou mole pra minha pressão, sempre a controlando, tomo minha deliciosa cervejinha, canto, componho, escrevo, caminho quase que diariamente cinco quilômetros e sigo o conselho de Zeca Pagodinho... Deixo a vida me levar.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Meu velho se aposentou precocemente, a terrível doença de Chagas que inchava seu coração o levou. Dizia ele que quando menino morava na roça, na região de Altinópolis, sua casa era de pau-a-pique e o bicho barbeiro, transmissor da doença, fazia pequenos buracos na parede para se proteger. Meu pai e outros meninos colocavam seus dedinhos para que os barbeiros picassem, dizia ele que fazia cócegas, essa brincadeira de criança custou-lhe a vida.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Nós morávamos ali na rua Santo Amaro nº 332, na Vila Amélia, que chamo de “Grande Vila Tibério”. Meu pai era maquinista da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, que ocupava todo espaço desde a rua Luiz da Cunha até a Câmara Municipal. Onde hoje é o Parque Maurílio Biagi havia um enorme barracão em forma de mini Maracanã onde as máquinas entravam, além de um equipamento monstruoso que as virava em sentido oposto para que engatassem do outro lado da composição. Onde está a estação rodoviária, o Pronto Socorro Central e a Praça Schimit era toda extensão da linda da estação ferroviária.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Como filho homem mais velho, com 12 anos já tinha minhas responsabilidades. Carne em casa era só aos domingos, e era eu quem ia até o açougue comprar um quilo de paleta. Voltando pra casa, tirava uma lasquinha, passava sal e colocava na chapa do fogão a lenha e me deliciava com aquele pedacinho. Também era eu quem ia ver a escala do meu pai lá na Mogiana, a entrada de funcionários era pela rua Elpidio Gomes (rua passa atrás do Parque Maurílio Biagi), havia uma guarita bem ali onde nasce a rua Aurora, às vezes ficava naquele alto vendo as viradas das máquinas.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Meu pai tinha outras tiradas que levo comigo, como quando via uma criança fazendo alguma arte logo dizia, sacrificando a língua portuguesa: “É de pequeno que se troce (torce) o pepino”. Do meu velho pai levo muitos ensinamentos e os passei para meus filhos e netos, tomara que sigam esses exemplos. Honrar seus pais e amar seus irmãos é obrigação, mas que continuem dando como garantia o fio do bigode.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"></span></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">* Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-70204354761679034142014-09-08T13:29:00.005-07:002014-09-08T13:29:55.123-07:00Nossos músicos<div align="right" class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i>Bueno *</i></b></div>
<div align="right" class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i>buenocantor@terra.com.br</i></b></div>
<div align="right" class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i>www.buenocantor.blogspot.com</i></b></div>
<div align="right" class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div align="right" class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Aos domingos, tipo ás oito da manhã, ligo meu velho rádio para ouvir meu querido amigo Abel Santos na rádio Clube AM. Ali a hora passa e eu nem me dou conta, pois sei que estou em companhia de boa música e música alimenta a alma. Enquanto isso cuido dos meus e-mails e também dou meu passeio pelo Faceboock.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Abel, com sua bonita voz e aquele bom humor cativante, vai alegrando o meu dia. Ele fala do nosso Corinthians, canta, declama, nos conforta com mensagens de otimismo, manda abraços para uma legião de amigos que só um ser humano de um coração tão puro como o dele consegue agregar.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Alguns domingos atrás ele tocou um bolero cantado por Anísio Silva, também de belíssima voz. Fiquei em silêncio ouvindo a música e transportei-me ao meu tempo de garoto, quando o que mais se ouvia no rádio era ele, além de Francisco Petrônio, Angela Maria, Caubi Peixoto, Roberto Carlos e outros grandes nomes.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Nesse passeio pelo meu passado, lembrei-me de alguns músicos aqui de Ribeirão Preto que muito lutaram e continuam lutando pra conseguir um lugar no cenário musical brasileiro, e de como certos cantores são descobertos até que meio que por acaso, como é o caso do Anísio Silva. Era balconista em uma farmácia em São Paulo e trabalhava o dia todo cantando. Um belo dia, um cliente que sempre o ouvia soltar a voz o orientou a mudar-se para o Rio de Janeiro, onde o point dos artistas era o famoso Café Nice, bem ali na zona boemia.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Seu estilo cairia como uma luva e não deu outra, Anisio Silva foi para o Rio e arrasou, tudo que ele gravou fez sucesso, como, por exemplo, “Alguém me disse”, “Quero beijar-te as mãos” e outras mais. Francisco Petrônio é outro cantor que foi descoberto assim meio sem querer. Eu costumo usar um velho ditado de que nada acontece por acaso.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Ele era taxista e também vivia cantando para seus passageiros, sua voz linda e aveludada só fazia bem aos ouvidos de quem tinha a sorte de entrar em seu táxi. Certa noite, um “anjo” lhe solicitou uma corrida. Era o cantor Nerino Silva, que se encantou com a voz dele, levou-o para um teste na extinta TV Tupi com Cassiano Gabus Mendes, que o contratou na hora. Seu maior sucesso foi “Baile da saudade”. Petrônio nos deixou em 2007, aos 83 anos.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Voltando aos cantores de Ribeirão Preto que batalham, digo que meu querido amigo Celso Miguel, dono de uma das vozes mais lindas que já ouvi, está em Sampa faz muitos anos, mas infelizmente não teve aquela mão no ombro de que tanto falo, tipo “agora é a sua vez”. Ele é queridíssimo na capital, Celso continua por lá fazendo aquilo que Deus lhe deu o privilégio de fazer, “cantar”.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
O nosso Kiko Zambianki continua por lá, depois de grande sucesso com sua genial composição “Rolam as pedras” e a versão de “Hey Jude”, dos Beatles. Hoje ele faz shows e se dedica a trilhas de filmes. Recentemente, uma safra de artistas aqui da terrinha começaram a arrasar pelo nosso Brasil, começando pelo Sambô, que organizava por aqui uma linda roda de samba.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Os caras do Sambô foram a Sampa cantar na festa de um jogador de futebol e agradaram tanto que a coisa acabou virando um rolo compressor. Num desses eventos, um esperto empresário entrou na área, emplacou uma música do grupo em novela e daí em diante começaram a colher os frutos.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
A banda Oba Oba Samba House, com Luciano Tiso no comando, foi chamada pra cantar no navio do Roberto Carlos, o empresário do rei gostou e o grupo virou sucesso, também com direito a música em novela. Parece que depois de muita luta chegou a vez da banda Rod Hanna. Estão na abertura da novela “Boogie Oogie” e tenho certeza de que vai estourar, pois são os melhores neste seguimento. São nossos artistas de Ribeirão Preto para o mundo.</div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="yiv3793186109MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial;">
<b><i>* Cantor e compositor</i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-38704755059690895242014-09-01T05:01:00.004-07:002014-09-01T05:01:44.696-07:00Dr. Siqueira, o delegado corintiano<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-size: large;">Bueno * </span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br</span></a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/"><span style="font-size: large;">www.buenocantor.blogspot.com</span></a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Se tem um delegado
de Polícia Civil pra quem eu tiro meu chapéu, este é o doutor Sérgio Siqueira.
Com ele bandido não tinha moleza, não, amigo, era tratado como bandido mesmo.
Dr. Siqueira é meu querido amigo de longa data, época em que ainda era subtenente
da Polícia Militar e eu policial rodoviário. Ele estava prestando concurso para
delegado e quando passou, falei para meus companheiros: “Perdemos um senhor
policial e a Polícia Civil saí ganhando de goleada, pois terá em suas fileiras
um delegado com uma bagagem que poucos têm”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Naquele tempo,
Siqueira já era temido pelos bandidos da cidade e pelos motoqueiros que
arriscavam a vida `nas tardes dos domingos em “rachas” na avenida Presidente
Castelo Branco. Quando ele chegava no pedaço com sua equipe era uma esparramada
geral, uma correria até bonita de se ver, mas alguns “manés” sempre caíam na
rede e pagavam pelos outros que fugiam.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Eu adoro usar
chapéu e o responsável por incorporá-lo na minha indumentária é justamente o
Dr. Siqueira, isso porque, certo dia, apresentei meu programa de TV “Canta
Ribeirão” com um chapéu “panamá”, era uma homenagem ao sambista carioca João
Nogueira. Ele assistiu e quando a gente se cruzou num domingo, no Clube de
Regatas, ele me disse: “Buenão, você ficou muito bem de chapéu na TV, use
sempre e assim você vai consolidar uma marca toda sua”. Ele tinha razão, hoje
tenho muitos chapéus e até agradeço ao querido amigo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Nos campeonatos de
futebol lá no Regatas, Dr. Siqueira é um zagueiro de respeito, daqueles que
chegam junto e não dão mole pra atacante nenhum. Mas bamba mesmo ele é numa
mesa de bilhar, é sempre campeão, quando há torneio é comum vê-lo caminhando
pelo clube com um estojo em que guarda a sete chaves seu taco mágico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Cantei por 16 anos
no restaurante Ponto Chic e Dr. Siqueira e esposa sempre me prestigiavam, eu
até sabia de suas preferências musicais e as cantava com prazer. É grande fã de
Benito di Paula e, empolgado, às vezes até subia no palco, passava a mão num
tamborim e não deixava a peteca cair, o samba de seu ídolo ficava redondinho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Ali, numa noite
batendo papo em sua mesa, ele revelou me ser corintiano. Só dava entrevista
para uma emissoras de TV se o distintivo do Corinthians aparecesse ao fundo,
mas por um descuido seu, um de seus filhos bateu asas para os lados do Morumbi.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Meu irmão Rubão e
seus filhos Daniel e Vitor são são-paulinos de carteirinha, e quis o destino
que sua filha Camila e Francelso, filho do Dr. Siqueira, juntassem as alianças.
Foram morar pertinho de meu mano. Quando ela engravidou e descobriram que seria
menino, Rubão recebeu a visita de Siqueira, que feliz da vida fora lhe propor
um acordo. Disse ele: “Rubão, vamos fazer o seguinte, vocês escolhem o nome,
façam o que quiser, mas o time eu e Francelso escolhemos, fechado????” Rubão
topou e também muito feliz bateu o martelo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">O garoto nasceu e
no quarto dele havia tudo que lembrava o Corinthians: berço, cuequinha,
blusinha, bandeira na parede... Na porta estava escrito: “Aqui mora um
corintiano”. O menino foi crescendo, convivia nas duas casas, duas torcidas
inimigas, meus sobrinhos tentando fazer a cabecinha do garoto para ele virar
casaca... Por azar, o São Paulo entrou naquela fase de ganhar tudo, alguns
coleguinhas de classe mudando de time e o pequeno falou para seu pai que
viraria são-paulino. Francelso, muito nervoso, foi até a casa de meu irmão
Rubão e sobrinhos lembrá-los do acordo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Tudo acertado, o
garoto hoje está com a cabeça feita e a nação corintiana pode contar pra sempre
com mais um no seu bando de loucos. Dr Siqueira, um baita abraço, sinto orgulho
de ser seu amigo.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; text-autospace: none;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: large;">*
Cantor e composit</span>or</i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-69386096295713549082014-08-15T08:30:00.002-07:002014-08-15T08:30:32.592-07:00Faz nove anos<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-size: large;">Bueno * </span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br</span></a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/"><span style="font-size: large;">www.buenocantor.blogspot.com</span></a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">O tempo, tempo que,
às vezes, parece uma eternidade e, em outras, apenas alguns minutos, parece que
voa aqui na terra, tanto que no dia 17 de agosto de 2014, domingo próximo, este
tempo será de nove anos sem meu amado filho Lucas Bueno.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Já escrevi crônicas
aqui e, ao botar no papel, emocionei-me. Desta vez vou tentar não chegar a
tanto, até porque, notícias que recebo e que vêm do outro lado da vida, dão
conta de que Lucas está superbem, ele faz parte da equipe de jovens que o
socorreram no acidente daquela manhã, na estrada que liga Ribeirão Preto a São
Carlos, meu filho foi o último a integrar a equipe. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Hoje, onde acontece
acidentes em que jovens vêm a falecer, lá está ele com seus amigos levando
esclarecimento para suas chegadas em outro plano. Muita gente não acredita, mas
eu não tenho nenhuma dúvida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Muitas vezes me
peguei analisando atitudes dele antes de sua partida e hoje até acho graça,
como o dia em que parou em frente à nossa casa e, quando abriu a porta, vi a
chave de roda do lado do seu banco. Perguntei: “Lucas, o que esta chave está
fazendo aí, meu filho? O lugar dela é junto ao estepe.” E ele, mudando seu
humor, disse: “Ô, pai, deixa pra lá”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Quando ele saiu de
perto, sua namorada me falou, quase em murmúrio, que ele tinha a mania de parar
o carro de repente e reapertar as rodas. Isto me deixava encucado e hoje até
acho graça. Divirto-me muito ao lembrar de nossas brigas musicais, que me
deixavam com a cuca fervendo às vésperas de algum show, em que sempre cantava
um grande nome da nossa MPB.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Agendava as
apresentações com três meses de antecedência, Lucas me auxiliava a escolher o
repertório, depois num CD gravava música por música seguindo a sequência do
show e entregava uma cópia para cada músico, junto com o a relação que ele
batia e xerocava. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Marcamos um show
para o Bar do Val, “Bueno canta Chico Buarque”. Os dias passavam, em casa eu
observava Lucas que parecia não se preocupar em “tirar” as músicas, e como sei
que as harmonias das músicas do Chico são supercomplicadas, fui falar com ele,
que não aceitou minha cobrança. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Armamos um barraco
daqueles de pai e filho, e no auge do bate-boca ele disse: “Arranje outro
pianista, eu não vou tocar com você.” Na hora da raiva, emendei que também não
o queria mais no palco. Quando a poeira baixou cai na real de que não teria
tempo hábil para outro nomear um substituto. Minha primeira-dama tentava
convencê-lo a recuar, e nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">No dia seguinte, já
bem humorado, ele perguntou se eu já tinha encontrado um novo pianista, pois
ele tinha que passar-lhe as músicas. Daí joguei pra cima dele uma conversa
cheia de “rasgação de seda”, tipo: “Olha, Lucas, até que encontrei, mas um
pianista como você não existe, meu filho, o músico do show tem que ser você.” </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Percebi que meu
argumento mexeu com seu ego, daí ao xeque-mate foi um segundo, ele riu cheio de
orgulho, pois também não queria ficar fora e na hora me disse: “Pai, vamos
marcar o estúdio para os ensaios.” Só sei que este show foi um dos últimos na
companhia dele, parece que alguém lá de cima me dizia: “Buenão, grave este
show”. Foi o que fiz, não tenho dúvidas de que foi nosso melhor show, até
Sócrates ficou empolgado, subiu no palco e cantou “A Rita”, de Chico Buarque.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Por estas e outras
histórias contadas aqui, a vida segue e saudades surgem do nada apertando meu
peito, porém, sei que tem que ser assim, também sei que ele está sempre por
perto, olhando por mim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Na semana passada,
quase nove anos depois, me chega a notícia de que a rua dois do “Condomínio
Colina do Golf” irá se chamar Rua Lucas Eduardo de Melo Bueno... Meu filho terá
seu nome eternizado.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: large;">*
Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-39786657533740427812014-08-08T05:27:00.002-07:002014-08-08T05:29:47.462-07:00Herói? Herói foi meu pai<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i>Bueno * </i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br">buenocantor@terra.com.br</a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/">www.buenocantor.blogspot.com</a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Faz algum tempo,
fui cantar na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, bem longe da minha querida
Ribeirão Preto, acho que quase 500 quilômetros. Era sábado, véspera do Dia dos
Pais. Amanheceu, fomos até São João Del Rei, uma cidade pequena, linda e
histórica onde uma tradição é mantida: de sua antiga estação ferroviária parte
uma linda maria-fumaça, um trenzinho muito charmoso todo pintado com detalhes
tradicionais e que por doze quilômetros vai sacolejando, apitando e tocando seu
estridente sino, por entre montanhas e paisagens cinematográficas que encantam
o mundo todo. E assim segue até Tiradentes. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Chegamos na estação
de São João Del Rei, a imponente maria-fumaça estava parada esperando o horário
da partida. Eu olhava atentamente ela funcionando, tipo fazendo aquecimento, de
repente um arrepio transitou pelo meu corpo todo. Olhei para o maquinista, estava
na pequena porta com seu terninho azul marinho e seu quepe na cabeça, tudo como
antigamente. Pedi autorização para fazer umas fotos com ele dentro da velha
máquina. Como todo bom mineiro, educadamente ele atendeu meu pedido, entrei
naquele pequeno espaço, fiz as fotos, depois fechei os olhos e como que por
encanto, viajei para um tempo que levarei em meu coração para sempre.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Era o tempo em que
meu velho pai pilotava sua maria-fumaça, era maquinista da Estrada de Ferro
Mogiana, ~bateu a sensação de vê-lo soltando o freio da velha máquina, puxando
a alavanca e colocando-a em movimento. Assim via os trilhos surgindo metro por
metro, até sumir no horizonte. Meu velho pai também tinha um quepe com emblema
da companhia, vivia sempre com pequenos furos causados por fagulhas que saiam
da chaminé da sua barulhenta amiga.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Minha amada e
saudosa mãe, todas as vezes em que meu pai chegava das viagens, lavava suas
roupas, que também vinham com alguns furinhos. Depois de secas, passava linha
na agulha e caprichosamente fechava furo por furo. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Meu pai se chamava
Rosemiro Bueno, mas tinha um apelido que ele gostava e eu também: Rói, assim
era chamado por onde passava, nem sei de onde tiraram este apelido, eu pensava
ser dos gibis que lia, tinha um cowboy de nome Roy Rogers, daí associava meu
velho com o herói em quadrinhos.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
O velho Rói começou
como ajudante de maquinista. Era ele que, com seus braços fortes, alimentava as
fornalhas – na época o trem era a vapor, tocado a lenha que ficava
empilhada logo atrás. Eu, menino, tinha a maior admiração por meu pai, me
lembro de que tinha quatro anos de idade quando ele foi transferido para a
cidade de Cajuru. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Morávamos na
colônia da companhia e a linha férrea passava a poucos metros da nossa casa, em
frente a uma enorme caixa d’água que abastecia todos os trens. Alçi eu brincava
com meu irmão Rubens, que apelidei de “Du” por ter dificuldade de pronunciar
seu nome. Na época, Du estava com dois aninhos, mostrava pra ele nosso pai
comandando a heroica maria-fumaça, que fazia muito barulho e soltava fumaça por
todos os lados, dizia eu, todo orgulhoso, ao meu pequeno irmão: </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
“Du, é nosso pai
que está ali dentro, é ele que faz este enorme trem andar”, dizia. E lá ia o
velho Roi se distanciando, nos olhando, e antes que a maria-fumaça sumisse numa
curva ao longe, nosso pai acenava e abanava seu quepe, voltando dias depois. A
velha máquina era lenta e qualquer distancia, por mais perto que fosse, o
retorno era demorado.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
A vida seguiu e
vieram modernas locomotivas, mas deste conforto meu velho pai pouco desfrutou,
ficou doente e nos deixou faz muito tempo, tempo que nem percebi, pois o sinto
sempre por perto e sei que de onde ele está, torce por mim. Meu pai criou seis
filhos honestos. Vejo na TV algumas pessoas serem rotuladas de herói, daí
lembro-me do velho Rói e falo baixinho só pra mim: “Herói? Herói foi meu pai.”</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><i>* Cantor e compositor</i></b> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ED93PH5fAOI?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-31283293908953595852014-08-01T11:24:00.003-07:002014-08-01T11:24:53.829-07:00Compadre Apolinário, saudades do amigo<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-size: large;">Bueno * </span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br</span></a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/"><span style="font-size: large;">www.buenocantor.blogspot.com</span></a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Dia desses acordei,
fiz minhas orações e de repente veio em minha mente a imagem do meu querido
amigo Eurípedes Apolinário, radialista, apresentador de TV e responsável pelo
sucesso de inúmeras duplas sertanejas. Mas, como diz outro querido amigo,
Rolando Boldrin, Compadre Apolinário viajou antes do combinado, em 2 de maio
passado fez dois anos que ele nos deixou. Sempre digo que Deus tem sido muito
bom pra mim colocando em meu caminho pessoas maravilhosas e de coração puro, e Apolinário
foi um deles.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Eu era guarda
rodoviário, ele sempre parava comigo nas estradas e a gente batia aquele papo,
sempre sobre música que é uma das minhas paixões. Num domingo, lembro-me bem,
ele e sua caravana de artistas sertanejos regionais voltavam de um show na
cidade de Pitangueiras e pararam na base da Polícia Rodoviária de Sertãozinho
para uma água. Por acaso lá estava eu trabalhando. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Neste dia conheci
os Irmãos Moreno, que durante a semana eram pedreiros, mas aos sábados e
domingos aquelas mãos calejadas pelo árduo trabalho de amassar reboque
carinhosamente abraçavam suas violas, e com perfeitas duas vozes, cantavam por
aí o melhor de Tião Carreiro & Pardinho. Junto deles também estava André
Bueno, um menino ainda de apenas nove anos de idade e que já tocava violão e
acordeom e também cantava. Hoje um vitorioso empresário com seu maravilhoso
estúdio, André fala de Apolinário com carinho e saudades também. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Apolinário tinha um
programa na Rádio 79 que chamava “Afinando a Viola”. A audiência era tamanha
que, naquela época, qualquer dupla, se quisesse alcançar sucesso, tinha que
passar pelas mãos deste protetor e promotor de artistas. Com ele não tinha esse
negócio do famigreado “jabá”, não, que é o responsável pelo sumiço de músicas
de qualidade, tanto na área sertaneja quanto na MPB. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Nos dias de hoje,
dois sujeitos lá de Goiás se juntam, gravam um CD, vestem uma roupa de grife,
alguém banca, lotam um caminhão de dinheiro e despejam nas rádios, que tocam
suas músicas dia e noite, fazendo assim a maior lavagem cerebral que já ouvi.
Daí nossos jovens entram na onda e acontece de mais um lixo musical sufocar
mais ainda a boa música. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Ao lado de um
grande homem sempre está uma grande mulher e ele tinha esta mulher, Lina
Dornela, que estava com ele pro que der e vier. Tiveram um filho, Thiago, hoje
médico psiquiatra formado pela Universidade de Sâo Paulo (USP). Lembro-me bem
do dia em que Thiago passou no vestibular, a alegria do radialista era tanta
que contagiou a todos da Radio 79 e da TV Thathi, onde eu também tinha um programa,
o“Canta Ribeirão”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Apolinário também
apresentava um programa na TV Record de Franca e convidou-me pra cantar. Lá
fui eu cantar “Pingo D’água”, gravação de Tonico & Tinoco. Nesta noite chegou
também pra cantar uma jovem e desconhecida dupla de Brotas, era a primeira
apresentação deles na TV, começava ali a carreira de João Paulo & Daniel.
Mais uma vez, tinha que ser pelas mãos de Compadre Apolinário, que já havia
alavancado as carreiras de Chitãozinho & Chororó – até hoje, em seus shows,
fazem agradecimento ao velho apresentador –e de Leandro & Leonardo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Fui visitá-lo numa
tarde na Rádio 79 e o apanhei dando enorme risada. Estava com um LP de
Milionário & José Rico nas mãos e ao me ver, disse: “Buenão, veja só a rima
que o Zé Rico me arrumou... Quando acordei não te vi, que ‘desespeiro’, minhas
lágrimas molharam a fronha do meu travesseiro”. Aí Zé Rico escorregou no
português. Ri um bocado com ele, este “desespeiro” era a razão de seu riso. Foi
sua criação também a Orquestra de Viola Caipira Mistura Boa, aqui em Ribeirão
Preto, com o violeiro Augusto na batuta. É como disse o poeta: “O nome a obra
imortaliza”. Meu querido amigo Eurípedes Apolinário, você deixou marcas...</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: large;">*
Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-62919019127587830752014-07-25T05:38:00.003-07:002014-07-25T05:38:35.366-07:00Almeirão com limão cravo<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-size: large;">Bueno * </span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br</span></a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/"><span style="font-size: large;">www.buenocantor.blogspot.com</span></a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Vila Tibério, fui
menino ali, poxa !!! Já vai longe esse tempo. Dia desses acordei meio que
saudosista, daí comecei a rir feito uma criança quando faz uma arte e ninguém
descobre o autor. Nessa onda abri a gaveta de minha memória, dei uma remexida
bem lá no fundo e, de repente, me vi mais de 50 anos atrás, quando morava na
rua Santo Amaro, na pequena Vila Amélia, que sempre digo pertencer à grande
Vila Tibério.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Tudo que fazíamos
era na famosa vila. Missa no Santuário Nossa Senhora do Rosário, cuja praça em
sua frente chama-se Coração de Maria, praça esta que nas noites de sábado
lotava de jovens. O lance era o seguinte: os homens ficavam parados e a moças
rodavam por aqueles corredores ouvindo galanteios sem fim. Ali vi amigos
iniciarem namoros, outros dando um fim. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Atrás da igreja
rolava uma quermesse que era superfamosa na época, com seus correios elegantes
e tudo mais. Aos domingos à noite o programa era o Cine Marrocos com suas filas
homéricas, hoje ali é um banco. Poxa, o tempo voou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Cheguei ali na
velha rua Santo Amaro com onze anos de idade e saí com 22 para desbravar o
Jardim Independência. Digo desbravar porque ninguém queria morar lá, era muito
longe. Lá ainda moram um dos meus irmãos e três irmãs. Voltando ao “eu menino”,
entre travessuras e coisas sérias acho que tive uma infância e uma juventude
show de bola. Muito cedo meu velho pai conseguiu meu primeiro emprego, já com
onze anos lá estava eu em uma oficina de bicicleta, onde aprendi todos os
segredos da nossa famosa “magrela”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Nesse tempo, eu
amante do futebol e sem grana, quando o Botafogo jogava no Estádio Luiz
Pereira, às quartas-feiras, lá ia eu com alguns amigos encarar o exercício de
pular o muro, sempre pelos fundos. Esperávamos o time atacar e a torcida fazer
aquele barulhão, daí o vigia corria até o alambrado para ver a jogada e era
nesse momento que a gente pulava aquele alto muro. Num instante, como um
corisco, estávamos na arquibancada, coisas de um tempo que adorei ter vivido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Bateu saudades
também do campo da Guanabara, que ficava pouco abaixo de casa. Lá vi grandes
craques dando show. Nos finais de ano, os adultos organizavam uma disputa de
solteiros contra casados e nós, moleques, armávamos um jogo de preto contra
branco, era um tempo de pureza e ninguém pensava nesse tal de racismo tão em
moda hoje, isso passava longe...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Nessa mesma época,
via meu pai e minha mãe devorando uma travessa de alface ou almeirão – eu não
comia nem a pau e só ficava imaginando os dois comendo mato. Numa de minhas
férias escolares, era mês de julho, fui passar alguns dias na casa de minha tia
e madrinha Cezira, na cidade de Casa Branca. Numa tarde, meu primo, da minha
idade, inventou de passarmos a noite no sitio de seus tios próximo à cidade.
Fui na maior alegria imaginando as surpresas da roça. Já no sitio, dei uma
geral e vi que não tinha luz, era lamparina, e meu banho foi numa bica d’água
que vinha de uma mina supergelada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Eu, morrendo de
fome, imaginava que no jantar viria um delicioso frango ou quem sabe uma leitoa
assada. Nem bem sentamos e a tia de meu primo colocou na mesa arroz, feijão e
de mistura... salada de almeirão temperada com limão cravo. Olhei, pensei um
monte de coisas, mas senti que não poderia pipocar e mandei ver um prato
daqueles de moleque. Resultado, me sai bem...Virei um devorador de saladas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Hoje, aos domingos,
quando vou à feira da Vila Tibério, na minha sacola não pode faltar o cheiroso
e saboroso limão cravo, e por mais que tente não consigo dar à minha salada o
mesmo sabor que senti naquela noite no sitio. Até hoje sinto na boca aquele
sabor de almeirão com limão cravo.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: large;">*
Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-90532810934858678112014-07-18T05:34:00.003-07:002014-07-18T05:34:54.813-07:00Tá faltando talento<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-size: large;">Bueno * </span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br</span></a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/"><span style="font-size: large;">www.buenocantor.blogspot.com</span></a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Há alguns dias
recebi um e-mail do meu querido e grande amigo Cleto, talentoso publicitário
que também se aventura nas cordas de um cavaquinho. No tempo em que eu cantava
no Restaurante Ponto Chic, ali na avenida Antonio e Helena Zerrener, na esquina
com a rua Amapá, Cleto, frequentador assíduo, armava enorme mesa com amigos e
famílias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Eles jantavam,
tomavam aquela cerveja no ponto e quando sentia-se no clima, Cleto retirava do
estojo seu cavaquinho – dizia ter sido feito a mão por um artesão carioca. O apelido
do instrumento era “Carioquinha”, é menor que os tradicionais, mas seu som era
de se admirar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Cleto se acomodava
num canto do palco, abraçava seu pequenino parceiro, olhava pra mim e dizia:
“Buenão, me dá um dó maior.” Em seguida atacava com sua música preferida,
“Carinhoso”, de Pixinguinha, com letra de João de Barro, o “Braguinha”. Eu o
acompanhava com meu violão e meu parceiro Gercinho na timba. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Esta música foi
escolhida como a canção do século, concorrendo com grandes clássicos
brasileiros, ela ganhou de goleada. Pixinguinha a compôs em 1917 e sempre a
tocava em suas apresentações. Por onde fazia shows, Braguinha, que na época era
um jovem advogado, ia prestigiar e ouvir a música que tanto adorava, até que em
1931 pediu autorização ao músico para colocar letra em “Carinhoso”, que até
então não tinha. Assim nasceu este clássico brasileiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Pois bem, no e-mail
que Cleto me enviou, colocou toda sua indignação porque uma agência de
publicidade deste nosso país usou sua música preferida para divulgar certa
marca de carro, mudaram a letra enaltecendo a marca do veículo. Meu missivista
até achou que os caras tiveram uma sacada legal, só não aprovou o fato de que
mutilaram um clássico brasileiro, a letra da música.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Cleto foi até mais
fundo dizendo que certas músicas brasileiras, como esta em apreço, deveriam ser
tombadas como forma de proteção e que a canção “Carinhoso”, cuja letra é uma
obra-prima, não poderia sofrer alteração, nem que fosse para uma situação como
esta, que é apenas temporária. Disse ainda que os autores desta mutilação,
aproveitando este oba-oba da Copa do Mundo em que tal propaganda foi veiculada,
prestaram um desserviço ao Brasil, pois nossas crianças aprenderiam a música
errada. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Finalizou dizendo:
“Buenão, imagine você acordar numa bela manhã e, passeando pelo Centro da
cidade, batesse de cara com nosso Theatro Pedro II com a fachada totalmente
modificada por uma arquitetura linda, moderna, mas apagando todo seu passado
histórico”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Pois é, querido
amigo Cleto, coloquei seu desabafo no papel e até concordo contigo, fico
imaginando quem da família Braguinha autorizou esta mexida na letra, torço
para que não aconteça mais com outras músicas históricas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">A história que
contei de como “Carinhoso” foi composta vem esclarecer para muitos que não
fazem ideia de como acontecem certas parcerias, e é por isso que em todos os
encartes de antigos LPs e CDs o nome de quem faz a música vem sempre antes de
quem faz a letra, como, por exemplo, “Detalhes”, de Roberto e Erasmo Carlos, “O
bêbado e a equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc, “Sentimental demais”, de
Evaldo Gouveia e Jair Amorim. A música nunca pode ser modificada, mas a letra
sim, e assim segue o jogo... </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: large;">*
Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-35070572607846562632014-06-16T04:46:00.003-07:002014-06-16T04:46:36.471-07:00Por favor, cante ‘Honda’<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-size: large;">Bueno * </span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br</span></a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/"><span style="font-size: large;">www.buenocantor.blogspot.com</span></a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Nesta minha
crônica, vou dar umas pinceladas sobre as pérolas que, via garçons, chegam às
mão dos cantores da noite. São pedidos de músicas de clientes, e muitas vezes o
cara não sabe o nome da canção, escreve apenas pedaços da letra e às vezes o
intérprete tem que ser adivinho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Chegam em papéis de
comanda, em guardanapos e até em bolachas de chope. Veja o titulo acima – “Por
favor, cante ‘Honda’”. Na verdade, o cara quis dizer “Ronda”, e quem recebeu o
aviso foi meu querido amigo Paulinho Brasília, um dos maiores cantores do
Brasil. Ele também é compositor de gosto refinado, tenho um CD dele que não
empresto pra ninguém porque não volta, sempre o revisito, sua obra é genial. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Neste bilhete o
cara pedia a Paulinho para cantar uma das músicas mais requisitadas na noite,
perdi a conta de quantas vezes a cantei, seu autor é o saudoso Paulo Vanzolini,
cientista da USP, boêmio, compositor que não sabia nem tocar violão. Fazia as
músicas trabalhando ou tomando cerveja, e quem as harmonizava era o também
saudoso Adauto Santos, cantor das noites paulistanas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Outra música que
chegou em bilhete para Paulinho foi “Chão de gesso”, na verdade o solicitante
quis dizer “Chão de giz”, de Zé Ramalho, essa até que dá pra associar, porque
imagino ser do gesso que se tira o giz (rsrsrsr). Outra: “Por favor, cante um
sambinha do Belchior”. Paulinho riu e até disse: “Belchior não canta nenhum
samba, nem sambinha.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Certa noite, o
garçom sobe ao palco e entrega para Paulinho um guardanapo com um pedido que
ele considera a campeã das pérolas: “Por favor, cante ‘No mandiocal’.” Paulinho
pensou ser uma música sertaneja, e como nada canta dessa praia, segurou a onda.
Passado algum tempo veio o mesmo pedido, Paulinho ignorou e o cara,
inconformado, mandou outra vez: “Cante ‘No mandiocal’.” </span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Daí Paulinho passou
a mão no microfone e perguntou de quem era o tal pedido. O cara se levantou,
foi até o palco e nosso cantor, gentilmente, perguntou que música era essa que
ele nunca tinha ouvido falar. O cara respondeu: “Mas como, Paulinho?!?! Você
sempre a canta aqui.” Paulinho, indignado, disse: “Não pode ser, amigo, cante só
um pedacinho, vou ver se identifico.” E o cara mandou ver: “No, no mandiocal.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Paulinho teve um
acesso de riso incontrolável, o sujeito não sacou o porquê, nosso artista
precisou pedir intervalo até se recompor. Depois voltou ao palco e cantou “No
woman no cray”, de Bob Marley, que Gilberto Gil canta em português –“Não, não
chores mais”. Paulinho, meu amigo, você tem razão, essa é gol de placa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Outra do Paulinho.
O garçom lhe entrega um guardanapo com outro pedido musical, para cantar “Ao
sair do avião”, de Djavan. Nosso cantor quase caiu do seu famoso banquinho lá
do Bar Mania, riu um pouco e depois disse ao microfone: “Olha, esta música
chama-se somente ‘Açaí’.” Na verdade, a cliente decorou um pedaço da letra e a
adotou como se fosse seu nome, porque o refrão da música diz “açaí, guardiã”, e
a moça entendia “ao sair, do avião...”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Essa quem me contou
foi Beto Godoy. Ele havia gravado a música “Vida cigana”, que tocou muito nas
nossas rádios FMs, e uma noite cantava num bar quando uma moça lhe mandou um
bilhete dizendo: “Por favor, cante ‘Vida Cigana’, de Beto Godoy.” Ele riu um
bocado e ela sequer imaginava que era o próprio autor quem estava ali.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Se você tem o
hábito de ler minhas crônicas e noite dessas estiver num bar, ao ver o cantor
rindo após receber um bilhete do garçom, na certa deve ser mais uma “pérola”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: large;">*
Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-2634451648270612132014-06-06T07:38:00.003-07:002014-06-06T07:38:26.772-07:00Saudades de Zé da Conceição<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i>Bueno * </i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br">buenocantor@terra.com.br</a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/">www.buenocantor.blogspot.com</a></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Dia desses, revisitando
as fotos que tenho no meu “face”, parei – saudoso – diante de uma em especial,
era de Zé da Conceição e seu sorriso largo – e olha que ele pouco sorria –, na
cabeça um chapéu de feltro, vestia paletó e segurava na mão esquerda um violão.
Olhando aquele instrumento em mágicas mãos, lembrei-me que, certa vez, eu
estava numa festa e Zé da Conceição era a atração musical.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Em festa sempre tem
aquele cara que quer dar uma canja, geralmente já tomou um monte e pouco está
se lixando se der algum vexame. E aconteceu. Um mala cismou de querer cantar e
tocar no violão de Zé da Conceição. Nosso músico morria de ciúmes de seu pinho,
também era de pouca conversa, mas falou pro sujeito: “No meu violão só eu toco,
se você quiser lhe acompanho, você pode cantar qualquer música”. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Mas o cara,
inconformado com a negativa do nosso músico, armou o maior furdúncio. Daí
pensei... “Isso vai dar barraco”. Antigos amigos do Zé da Conceição diziam que,
se fosse nos velhos tempos, quando ainda bebia, o cara já teria levado uns
catiripapos dos bons. Zé, com quase dois metros de altura, forte como um touro,
mãos que pareciam ser de tudo, menos de tocador de violão, quando ficava bravo
e com algumas doses de whisky na cabeça, deitava no chão um batalhão, mas na
época da festa ele estava pianinho. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
A coisa acalmou e
Zé voltou a tocar. Daí o dono da festa, muito gentil e fã do grande músico,
veio se desculpar pelo seu convidado. Foi quando nosso artista lhe disse: “Este
violão, para pagá-lo, precisei passar muitas e muitas noites tocando sem levar
dinheiro algum pra casa, só eu sei o quanto me custou, veja que o cara está
chapado, se ele tropeça cai em cima do meu instrumento de trabalho e o quebra,
como fico eu???” </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Vi muitas vezes com
que carinho e zelo ele tratava seu parceiro de música. A festa seguiu beleza.
Um dia assisti a uma apresentação dele no Sesc Ribeirão, quando acabou fui
abraçá-lo e ele disse: “Buenão, quero um chapéu seu de presente” Emendei: “Te
dou, sim, Zé”. Até disse a ele que gostava muito do tipo “panamá”, e ele
respondeu: “Pode ser este mesmo, Buenão, sabe como é... cavalo dado, não se
olha os dentes”. Perguntei: “Qual o seu numero???”</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
E ele: “Pode ser o
mesmo que o seu, vai dar certinho.” Percebi que Zé tinha um cabeção, mas fiquei
quieto, fui no velho Mercadão onde compro meus chapéus e comprei-lhe um 59, meu
número, ele provou e mal lhe cobriu o “cucoruco”, rimos muito e ele falou: “Nossa,
Buenão, não sabia que eu tinha este baita cabeção.”</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
“Coisas da vida,
Zé”, respondi. Depois ele foi lá na chapelaria, provou um monte e acabou saindo
com este chapéu de feltro que está na foto – uso este modelo no inverno.
Pereira, músico, foi tocar com Zé da Conceição no Sesc Bauru acompanhando uma
cantora. Chegando lá, ouviram de um grupo de jovens o seguinte comentário:
“Vamos embora que hoje vai ser pagode.”</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Zé ouviu, ficou uma
fera e chamou os caras. Pegou seu violão e deu o maior show, tocou até
Beethoven, os caras ficaram de boca aberta, e Pereira completou: “Buenão, eu e
o Zé, dois ‘negão’, os caras acharam que ia virar pagode...”</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Outra história do
Zé que Pereira conta e ri muito: Zé nunca tinha andado de escada rolante e
certa vez foi pra São Paulo de ônibus. Já na rodoviária, ele com a mala numa
das mãos e violão na outra, foi encarar a escada que leva todos ao andar
superior. Pereira disse que ele tinha medo e ficou um tempão ensaiando como
entrar na escada, até que levou um tranco do povo e lá foi ele suando em bicas
e encarando a inimiga. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Ao chegar lá em
cima, Zé colocou mala e o violão no chão pra respirar e enxugar seu suor, nem
percebeu que a escada não parava. Aquela multidão chegando e aquele baita homão
parado na saída, Zé levou aquele empurrão e lá foi violão, Zé e mala tudo
rolando pelo chão, e o povo caindo em cima... fco imaginando a cena...</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Zé da Conceição.
Foi bom lembrar dele de uma forma alegre, tenho mais histórias deste querido
amigo e grande músico pra contar, mas fica pra próxima</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i>*
Cantor e compositor</i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3LCA0rQiD7IWO0CHOH49S3u0hWQk4RwKcA4tmE44Jn5mddqqaZWJlRXon__xw_8IiMlH10_6TJQjww8nC541fFgIlkFtwgcX0t7DccEXui3EG3w2TJT-67McHYbdOEbPXADvhLG2_f0/s1600/Z%C3%A9+da+Concei%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3LCA0rQiD7IWO0CHOH49S3u0hWQk4RwKcA4tmE44Jn5mddqqaZWJlRXon__xw_8IiMlH10_6TJQjww8nC541fFgIlkFtwgcX0t7DccEXui3EG3w2TJT-67McHYbdOEbPXADvhLG2_f0/s1600/Z%C3%A9+da+Concei%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><br /></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-22061821813036883972014-06-05T16:15:00.002-07:002014-06-05T16:15:42.628-07:00JOÃO NOGUEIRA<h2 style="background-color: white; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0.6em 0px 0.5em; position: relative;">
<strong><span style="font-size: x-small;">Uma homenagem ao poeta da calçada</span></strong></h2>
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/files/2011/03/Joao-Nogueira-bx.jpg" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;"><b></b></a><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br />
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOjBrnOYeqxunYAvm84CpEcRi69mSDIfFK5ysK1o5AwVPUP1us852698qhHxMV12WZYXwmoqnf2YSy9sfmv0Kgcs6NG1bZyl68D3n9tM5Uz4TMpe0vThplCZigErfHjUvAzpX4OUsGecY/s1600/Joao+Nogueira.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #ad383e; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOjBrnOYeqxunYAvm84CpEcRi69mSDIfFK5ysK1o5AwVPUP1us852698qhHxMV12WZYXwmoqnf2YSy9sfmv0Kgcs6NG1bZyl68D3n9tM5Uz4TMpe0vThplCZigErfHjUvAzpX4OUsGecY/s320/Joao+Nogueira.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background: transparent; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="259" /></a></div>
<br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"><br /></em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"></span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Por Julio Cesar de Barros</em><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"><br /></em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João Batista Nogueira Júnior, o João Nogueira (12/11/1941-5/6/2000), cantor e compositor que se autodefinia como um sambista da calçada – como Noel Rosa - em contraponto aos sambistas do morro, morreu no dia 5 de junho de 2000, deixando uma legião de fãs de seu estilo muito pessoal de compor e cantar o samba e uma obra impecável. Talentoso e muito querido, ele emprestou seu nome a um centro cultural na sua cidade natal. No dia 8 de fevereiro de 2011, a prefeitura do Rio de Janeiro deu início às obras do espaço em sua homenagem, no local onde funciona a casa de espetáculos Imperator, um antigo cinema para 2 400 pessoas, que foi o maior da América Latina. No dia 12 de junho de 2012 a obra foi inaugurada com show para convidados e no dia 15 foi aberta ao público em geral. A prefeitura fez um investimento de 21 milhões de reais no prédio, que conta com salas de cinema, teatro, exposições, livraria e bistrô, além de um local exclusivo para guardar o acervo do artista. O prédio de três andares previa ainda um terraço verde de 1 200 metros quadrados com restaurante. O terreno, localizado no Méier - bairro onde João Nogueira nasceu, em 12 de novembro de 1941 - foi cedido pelo Estado em cerimônia da qual participaram o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, o cantor e compositor Diogo Nogueira, filho de João, e Ângela Maria Nogueira, sua viúva.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Filho de um advogado e violonista que tocava com a Velha Guarda do samba e com chorões de porte, João Nogueira começou a compor aos 15 anos, fazendo sambas para o bloco carnavalesco Labareda, do Méier, através do qual conheceu o músico Moacyr Silva, dirigente da gravadora Copacabana, que o ajudou a gravar o samba </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Espere, Ó Nega</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, em 1968. Mas ele apareceu na cena artística nacional quando no início dos anos 70 emplacou o sucesso </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Das 200 Pra Lá</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, samba que defendia a política de expansão de nossa fronteira marítima ao longo de 200 milhas da plataforma continental. O samba assumiu as primeiras posições das paradas na voz de Eliana Pittman e mereceu citação em reportagem da revista americana Time, pelo seu tom nacionalista afirmativo. Funcionário da Caixa Econômica, João se viu às voltas com certo patrulhamento, já que a bandeira das 200 milhas havia sido levantada pelo governo militar. "Pensaram que eu tinha virado Dom e Ravel", brincou ele mais tarde. Seu primeiro disco foi um compacto simples com </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Alô Madureira</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> e</span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Mulher Valente</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. Em 1969 Elizeth Cardoso gravou seu </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Corrente de Aço</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, no disco </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Falou e Disse</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João Canta </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Do Jeiro que o Rei Mandou</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">:</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=CBSd3y8NuTg&feature=related" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;">httpv://www.youtube.com/watch?v=CBSd3y8NuTg&feature=related</a><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Mas o primeiro álbum, que levou seu nome no título, só veio em 1972, pela Odeon, selo pelo qual lançaria seus primeiros seis LPs. No disco, um clássico: </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Beto Navalha</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, regravado com grande força por Martinho da Vila, em 1973, no LP </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Origens</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. Mas a largada para valer de João Nogueira na carreira se deu em 1974, com seu segundo LP, </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">E Lá Vou Eu</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, disco que chamou a atenção da crítica e do mercado para uma novidade no reino do samba. A começar pelas parcerias com Paulo César Pinheiro (</span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">E Lá Vou Eu</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Batendo a Porta, Eu Hein, Rosa</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> (esta regravada por Elis Regina com grande sucesso em 1979), </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Partido Rico</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> e o lírico </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Braço de Boneca</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">), Zé Catimba, o genial compositor da Imperatriz, aparece em </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Do Jeito Que o Rei Mandou,</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> e a irmã Gisa Nogueira em </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Meu Canto Sem Paz</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">e </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Eu Sei Portela</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. O disco resultou num show intimista em que o carioca se apresentou ao violão no Teatro 13 de Maio, em São Paulo, para uma platéia embevecida com a novidade.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><i style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"><br /></i><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João era diferente, não vinha do morro nem das escolas de samba, embora frequentasse a Portela desde criança, levado pelo pai, e não era o compositor de apartamento que fazia o ritmo popular, como Carlinhos Lyra, Tom Jobim e tantos outros. Se aproximava mais de Paulinho da Viola, com seu samba de varanda, som de subúrbios de casas avarandadas, de terreno antigo trilhado no choro e na seresta. Seu jeito de cantar era típico dos intérpretes do samba sincopado dos anos 40 e 50. Mas tinha personalidade. Como os velhos cantores, João brincava com a divisão, reinventando a síncopa. "É mais um João que veio diferente no cantar samba e fazer verso. É mais uma reza forte nas quebradas", disse dele o radialista e produtor Adelzon Alves, um grande impulsionador de seu início de carreira. Estava aberta a porteira pela qual João faria passar sua boiada. Em 1975, lançou</span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Vem Quem Tem</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, novo grande disco, no qual se destacou a homenagem que fez a Natal, o todo poderoso dirigente da Portela e bicheiro de Madureira, a quem dedicou </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">O Homem de Um Braço Só</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Se no LP de 1974 ele reservara uma faixa para Noel Rosa, de quem gravou </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Gago Apaixonado</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, neste ele gravaria </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Não Tem Tradução</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, reverenciando mais uma vez o poeta da Vila, um dos três esteios de sua inspiração, ao lado de Geraldo Pereira e Wilson Batista, dos quais recebeu as influências que explicavam seu estilo de compor e cantar o samba – e aos quais dedicaria um LP inteiro (</span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Wilson, Geraldo e <a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/figuracas/noel-rosa/" style="color: #ad383e; text-decoration: none;">Noel</a></em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, 1981, Polygram). O disco, contudo, seria lembrado por outros sucessos, como </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Nó na Madeira</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> (parceria com Eugênio Monteiro) e </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Mineira</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, uma homenagem a Clara Nunes, parceria com P. C. Pinheiro, o marido da cantora. O disco trazia ainda três parcerias com um jovem violonista de muito talento, que se revelava ótimo compositor, Cláudio Jorge, com quem assinou três faixas do disco (</span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Samba da Bandola, Chorando Pelos Dedos</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> e </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Pra fugir Nunca Mais</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">). Ivor Lancelotti, de quem João gravara o lindo samba-canção </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">De Rosas e Coisas Amigas,</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> no disco de 1974, reaparecia com</span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Seu Caminho Se Abre</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. Em 1979 ele introduziria o parceiro no show </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João Nogueira Apresenta Ivor Lancelotti</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. Quando </span><a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/figuracas/diogo-nogueira/" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;">Diogo Nogueira</a><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, seu filho, canta </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Espelho</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, faixa título do disco que João lançou em 1977, os jovens que formam sua legião de fãs imaginam que ele está falando do pai, nos versos que dizem “Um dia chutei mal e machuquei o dedo/ E sem ter mais o velho pra espantar o medo/ Foi mais uma vontade que ficou pra trás”. Afinal, Diogo foi jogador profissional de futebol, esporte que abandonou depois de sofrer uma séria contusão. Na verdade a letra da música é auto-biográfica, sim, mas de João, o pai, referindo-se ao avô de Diogo. O flamenguista João Nogueira foi também um boleiro frustrado por uma contusão.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><i style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"><br /></i><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Nos quatro primeiros discos que João lançou estavam dadas as linhas mestras do que seria sua carreira. E está contido o melhor do compositor, que um dia entrou no Portelão cantando “Hoje eu estou cheio de alegria/ E sou até capaz de me embriagar/ Uns amigos bambas neste dia/ Me convidaram a participar/ De uma escola de samba que é todo meu dengo/ De um terreiro de bambas que é todo meu mal/ Vou me livrar da tristeza/ E sambar na beleza do seu Carnaval”, samba de apresentação à ala dos compositores da Águia de Osvaldo Cruz, que o convidará a se juntar a seus bambas, em 1972. O namoro duraria até meados dos anos 80, quando João abandonou a escola, descontente com os rumos que o presidente Carlinhos Maracanã lhe impôs, e juntou-se a outros sambistas, herdeiros do velho Natal, para fundar, em 1984, a Tradição, escola para a qual compôs em parceria com P. C. Pinheiro os cinco primeiros sambas-enredo, de 1985 a 1989. Diogo, seu filho, é a reconciliação com a Portela, onde foi por quatro vezes vencedor do samba-enredo.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João canta </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Espelho</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">:</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=17qD-DULlTU" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;">httpv://www.youtube.com/watch?v=17qD-DULlTU</a><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Em 1979, João fundou o Clube do Samba, com Alcione, Martinho da Vila e Beth Carvalho, entidade à qual dedicou o título de seu disco daquele ano, que trouxe novos sucessos, como </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Súplica </em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">e </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Canto do Trabalhador</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> (com P. C. Pinheiro). O clube, que no início funcionava em sua casa e que mais tarde lançou um bloco carnavalesco para desfilar na Avenida Rio Branco arrastando foliões saudosos dos velhos carnavais, funcionou em vários endereços, inclusive na Barra da Tijuca. Pelo seu palco passaram os grandes nomes do samba e compositores das escolas cariocas. Era frequente a programação reunir numa mesma noite gente do naipe de Ivone Lara, João Nogueira e Roberto Ribeiro, que um ano depois de sua morte foi homenageado pelo bloco no Carnaval. O próprio João, morto no ano 2000, seria homenageado no Carnaval seguinte com o tema “Como Diria João”.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><i style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"><br /></i><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Uma das músicas mais cantadas de João, uma espécie de hino dos compositores, foi o sucesso do disco de 1980, </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Boca do Povo</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. Trata-se de </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Poder da Criação</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> (“Ninguém faz samba só porque prefere/ Força nenhuma no mundo interfere/ Sobre o poder da criação”), novamente com P. C. Pinheiro, seu parceiro mais constante, com quem acabou por lançar o CD </span><strong style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"><i><a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/critica/em-extincao/" style="color: #ad383e; text-decoration: none;">Parceria</a></i></strong><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, em 1994, no qual comemoravam 22 anos de composições conjuntas e mais de 50 obras compostas. "A gente senta junto e, quando levanta, está saindo um samba. Até mesmo sem querer", diria João. Nas dezessete faixas do CD, há uma homenagem a </span><a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/figuracas/clara-nunes/" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;">Clara Nunes</a><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, morta em 1983, nas faixas </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Um Ser de Luz </em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">e </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">As Forças da Natureza</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, de versos emocionados como </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">As pragas e as ervas daninhas/ As armas e os homens do mal/ Vão desaparecer/ Nas cinzas de um Carnaval.</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> João lançaria outros grandes discos, como o já citado em homenagem aos três grandes do samba, </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Wilson, Geraldo, Noel</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, seu nono álbum (1981), só com músicas dos três autores, dando descanso à parceria com P. C. Pinheiro.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João canta </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Nó na Madeira</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">:</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=iNyLMfsdDuU&feature=related" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;">httpv://www.youtube.com/watch?v=iNyLMfsdDuU&feature=related</a><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Ele seguiria lançando discos de qualidade (18 álbuns-solo no total) e participaria de discos coletivos, como </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Clara Nunes – Com Vida</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> (1995), no qual dividiu as faixas com gente como </span><a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/figuracas/poeta-da-cidade/" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;">Martinho da Vila</a><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, Roberto Ribeiro e Nana Caymmi. E </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Chico Buarque da Mangueira</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> (1998), disco em homenagem ao compositor, que era enredo da escola naquele ano. Em 1995, com o maestro e pianista Marinho Boffa, João gravaria um CD só com músicas desse mesmo Chico Buarque de Hollanda, num trabalho de Almir Chediak com catorze canções, dentro da segunda edição do projeto </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Letra e Música</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. O disco foi lançado com um show no programa </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Seis e Meia</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;"> do Teatro João Caetano. Ele participou também do disco </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Esquina do Samba</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, gravado ao vivo em 2000 no botequim Pirajá, em São Paulo, com</span><a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/figuracas/ivone-lara/" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;"> Ivone Lara</a><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, Walter Alfaiate, Beth Carvalho, </span><a href="http://veja.abril.com.br/blog/passarela/entrevista/moacyr-luz/" style="background-color: white; color: #ad383e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px; text-decoration: none;">Moacyr Luz</a><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, Luiz Carlos da Vila e outros. No mesmo ano participou de um disco da Velha Guarda da Portela. Em 2009 foi çançado um DVD da participação de João Nogueira no programa Ensaio, da TV Cultura de São Paulo.</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João Nogueira morreu na madrugada do dia 5 de junho de 2000, aos 58 anos, vítima de um infarto fulminante, em sua casa no Recreio dos Bandeirantes. João vinha sofrendo de problemas circulatórios que lhe haviam causado uma isquemia cerebral dois anos antes. Esteve internado em estado grave por um bom tempo, mas conseguiu se recuperar. Sofreu nova isquemia de menor impacto no início de 2000 e outra dois meses depois. Mas, sob observação médica, estava confiante, levava uma vida mais regrada, e ensaiava para shows que faria por aqueles dias, nos quais planejava apresentar trabalhos inéditos, além de sucessos de seu último álbum, </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">João de Todos os Sambas</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">, lançado em 1998 na quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, na favela que era homenageada no disco: "Junto ao mar/ Num morro que era ainda despovoado/ E dividia a Gávea e São Conrado/ Nasceu uma favela", dizia na faixa </span><em style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Rocinha</em><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">. Foi uma perda grande para a cena musical brasileira. "Ele tinha uma forma de frasear muito própria. Não vejo seguidores dele. Creio que essa escola, cuja origem talvez tenha sido Ciro Monteiro, se acaba com a morte de João", lamentou Hermínio Bello de Carvalho. Todos sabiam de suas qualidades especiais de intérprete, mas João valorizava mesmo as composições. Só em 1999, quando recebeu o Troféu Eletrobras de MPB é que reconheceu seu canto. "Hoje estou adorando cantar. Antes, gostava que me vissem mais como compositor", disse. João deixou três filhos, entre eles Diogo, que pegou o bastão, não deixou a peteca cair e nos faz matar as saudades do pai, dada a semelhança física, vocal e a simpatia com que representa o melhor samba carioca.</span>Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-46040791978719775382014-05-17T11:19:00.000-07:002014-05-17T11:19:01.852-07:00O ídolo, o fã e a decepção<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i>Bueno *</i></b><o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i>buenocantor@terra.com.br</i></b><o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i>www.buenocantor.blogspot.com</i></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Se tem um lance em que transito com desenvoltura é a tal a relação ídolo-fã, até porque convivi por muitos anos com cantores brasileiros, cantando, tocando e até dividindo palco, nunca vi nenhum deles ignorar um fã. Aquele momento do contato pra muitos é o ápice, é único, é o admirador diante de seu ídolo...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
No mesmo assunto, só que no campo futebolístico, passei muitos anos bem próximo a um ídolo mundial, Doutor Sócrates, e o que presenciei durante todo este tempo guardo com carinho na gaveta da minha memória.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Escrevo esta minha crônica indignado com o tratamento que jovens fãs estão tendo por parte de artistas internacionais. Li que a cantora Beyonce estava cobrando US$ 2,5 mil para fazer fotos com fãs. Parei, dei um tempo, voltei a ler pra ver se tal notícia procedia e vi que realmente estava escrito isso que reproduzo aqui. Pô, meu !!! US$ 2,5 mil pra fazer uma foto? Ee olha que não faltou candidato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Semana passada, li novamente que outra cantora – de quem nunca ouvi falar, não sei o nome muito menos de que país é, até porque o que ela canta não é minha praia, vi apenas uma foto, que é jovem e raspa um lado da cabeça – também estava cobrando de fãs “brasileiros” uma senhora grana, R$ 800 para fazer fotos, e com um alerta: não era para se aproximar da artista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Vi na internet um jovem que fez foto paga com ela, mantendo a distância, sempre policiada por assessores, e percebi o constrangimento do fã. Poxa!!! Aquele momento esperado por ele, sabe-se lá por quanto tempo, e recebe esse tipo de tratamento? Achei o fim, confesso que senti pena dele, seu rosto expressava a face de um verdadeiro babaca, acho que quando caiu a ficha arrependeu-se amargamente, daí a decepção.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
A maioria dos cantores veio de uma infância de poucos recursos, até que um dia, Deus coloca a mão em seus ombros e lhes assopra no ouvido: Agora é sua vez, vá, cumpra sua missão, deixe que sua voz ecoe por vales e montanhas, deixe que a brisa carregue em suas asas a doce melodia da alegria, da esperança, da emoção, faça pessoas felizes, você pode mudar a vida de muitos, basta que você leve sua mensagem. Pena que poucos percebem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Voltando a Sócrates, em 1999 estávamos gravando nossas músicas em São Paulo e, numa tarde, fomos fazer uma sessão de fotos para a capa do nosso CD. O local escolhido era um estúdio tipo ateliê, muito lindo. Assim que descemos do carro, passou um motociclista que quando viu Sócrates, deu o maior grito... “Sócrates!!!” Sócrates parou para atendê-lo e o fã disse que seu sonho era conhecê-lo. O Doutor lhe deu a maior atenção, até falou porque estava ali. Despediu-se do jovem e entramos no estúdio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Ficamos fazendo as fotos por umas duas ou três horas até que o porteiro veio até o Magrão e disse: “Doutor, tem lá fora umas quarenta pessoas esperando por você”. Sócrates falou: “Vamos lá”. E saiu. Fiquei um pouco distante vendo a reação das pessoas diante de seu querido ídolo, no meio estava o motociclista que muito feliz espalhou a notícia de que Sócrates estava ali. O Doutor fez fotos com todos, autografou revistas e camisas e a galera o tempo todo o rodeando, olha que foi difícil sairmos dali.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
Entramos no carro e eu, admirado com este lindo assédio que em Ribeirão Preto ainda não tinha visto, disse: “Pôxa, Magrão, que cena maravilhosa acabo de ver, amigo, faz mais de dez anos que você parou de jogar e seus fãs parecem aumentar. Parabéns por tratá-los com tanto carinho.” Ee sorriu e sabiamente respondeu: “Buenão, você não pode destruir os sonhos de quem te cultua...”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Arial; text-align: justify;">
<b><i>* Cantor e compositor</i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-36626671166618575002014-05-09T07:35:00.004-07:002014-05-09T07:37:23.386-07:00Idoso, quem quer ser?<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Bueno *<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">buenocantor@terra.com.br<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><i>www.buenocantor.blogspot.com</i></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Acho esse negocio de ser idoso o maior barato, pois estou com 66 anos e nem vi o tempo passar, talvez até porque não paro, estou sempre em processo de criação. Sempre fui assim, de ter várias atividades caminhando juntas. Nunca aprendi a escrever a máquina, achava que jamais precisaria, de repente me vi aposentado e como é um processo natural, a vida vai nos tirando algumas coisas, mas nos dá outras. E foi o que aconteceu comigo, comecei a escrever crônicas com um amigo teclando pra mim, uma vez que não tinha nenhuma habilidade com o computador, ia sacando como ele usava o word, e aquele processo de salvar e tudo mais, acabei me apaixonando pela máquina e hoje ela é uma companheira e tanto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Às vezes cruzo com amigos do tempo de grupo escolar, do tempo ginasial, alguns estão no maior bagaço, daí me ponho a pensar: “será que eles me vêem da mesma forma como os estou vendo???” Ora, se vêem, não to nem aí, só sei que muitos não se cuidam, nada fazem para se ajudar, talvez um pouco de auto-estima pudesse fazer uma grande mudança, mas tem que sacar a parada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Outras vezes pergunto a antigos amigos se eles têm e-mail ou faceboock, a grande maioria diz nem querer saber, daí discordo e até já mudei hábitos de alguns, acho que com tanta modernidade, não acompanhar pelo menos o básico, é isolar-se. Não sei se estou certo ou errado, mas sei que dou muito trabalho para meu filho Paulo Bueno nas coisas mais complicadas com meu notebook, mas ele tem a paciência e está sempre disposto a suprir essa minha falta de talento. assim vou vivendo e muito feliz da forma que levo a vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dia desses, no estacionamento de um shopping lotado, eu estava tirando meu carro e um jovem deu uma volta para ocupar minha vaga. Quando ele se aproximava, um senhor aparentando uns 70 anos colocou o veículo dele na vaga, daí o jovem disse: “O vovô, coloque no lugar dos idosos, deixe esta vaga pra mim”. Várias vagas para idosos ficavam do lado e estavam vazias, mas o senhor, com um mau humor tipo do cantor Jamelão, respondeu com tudo:” Coloque lá você, quem te disse que eu sou idoso???” O rapaz até se desculpou, o idoso saiu e o moço me disse: “Essa eu não entendi”. Até falei: “este não aceita a idade.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Das mais diversas vantagens que os idosos conquistaram, a que mais uso é o estacionamento, fila de idoso em supermercado nem pensar, só em último caso. Dia desses, num deles, entrei na maior roubada. A fila comum estava enorme, daí resolvi encarar a dos idosos, que estava bem pequena. A minha fila não saía do lugar, a outra ia de vento em popa. Depois é que saquei, as pessoas bem mais idosas têm dificuldade com cartões, localizar dinheiro na bolsa, embalar as compras...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesse dia até presenciei um bate-boca entre duas velhinhas com uma senhora bonitona que estava na frente delas. Aachavam que a moça não tinha 60 até que a bonitona estourou, dizendo: “Se estou aqui é porque tenho direito, não aparento idade porque não bebo, não fumo e meu marido cuida muito bem de mim.” Silêncio geral na fila.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Batendo papo com meu amigo Tião do Violão, ele saiu com essa: “Buenão, veja como é a vida, quando éramos jovens e solteiros, íamos para o Guarujá e voltávamos contando o maior papo, que descobrimos uma boate nova e coisa e tal. Depois a gente casa, vem os filhos, daí vai pra lá e volta dizendo: ‘descobri um restaurante que vou te contar’. E hoje, quando vamos pra lá, voltamos dizendo: ‘descobri uma farmácia que é show de bola...’” Caímos na risada!!! Esse Tião...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A maravilhosa atriz Fernanda Montenegro disse e eu adorei: “Quero envelhecer naturalmente, quero curtir cada nova ruga em meu rosto e lembrar o quanto foi difícil conquistá-las.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">* Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-89216985831906042422014-05-09T07:31:00.004-07:002014-05-09T07:31:38.172-07:00Minha mãe, ô saudade!!!<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Bueno *<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<span style="font-size: large;"><b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">www.buenocantor.blogspot.com</span></i></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Faz dias que estou tentando encontrar uma forma para escrever sobre o Dia das Mães, e assim falar de minha saudosa mãe. Poxa, mas como encontrei dificuldade, sendo que a coisa mais fácil do mundo seria falar sobre ela. Isso acontece comigo no campo musical. Já compus músicas para meus filhos, meus netos, meu pai, minha esposa, mas a música de minha adorada mãezinha até hoje não consegui.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Não que não tenha tentado, até que fiz uma e quando ela estava quase que pronta, parei de compô-la, não a terminei por achar que minha mãe merecia uma música tipo assim, única, aquela que quando eu cantar terei a certeza que era pra ser dela, somente dela. Sou teimoso, vou fazê-la, a paciência e a esperança são minhas parceiras.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Mês passado foi aniversário de meu saudoso filho Lucas Bueno e quando na solidão de meu quarto escrevia sobre ele, teve vários momentos em que a emoção invadiu-me por inteiro. Num momento muito lindo, senti sua presença como se me abraçasse e com as mãos afagasse minha cabeça. Foi muito forte, lembrei-me do que ouvi do também o saudoso Tio João, discípulo de Chico Xavier. Disse ele numa palestra que quando sentíssemos saudades de um ente querido, bastava pensar nele com muita fé que imediatamente ele atenderia nosso pedido.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">“Você vai senti-lo”, disse ele, e de fato o que o sábio falou é o que sinto quando penso em meu filho, um arrepio contagiante, leve como a brisa doce de um vento. Neste mesmo dia, ainda escrevendo, da mesma forma pensei em minha mãe e disse baixinho, como a pedir colo: “Poxa, mãe, se você estivesse aqui...” E como num passe de mágica, novamente fiquei arrepiado e com a certeza de que ela atendera meu pedido.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Recebi recentemente um lindo e-mail com um pequeno vídeo em que uma mamãe passarinho alimentava seus filhotes, eram uns seis, todos com suas boquinhas abertas, pareciam famintos, percebia-se o cuidado da mamãe ao alimentá-los. Daí viajei no texto e nas imagens, danei a pensar, sabe-se lá a que distância ela foi buscar a “refeição”, e o quanto foi penoso chegar até seu lar e cumprir sua missão de ajudar a povoar matas e florestas.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Esta cena continua viva em minha memória e assim volto a minha infância, quando não sabíamos de onde vinha nosso alimento, só sabíamos que ele nunca nos faltou. Minha infância foi muito pobre, mas em nosso lar o amor transbordava por frestas e janelas, éramos meu pai, minha mãe e seis filhos, só depois de adulto é que me dei conta do que minha adorada mãe passou para nos alimentar. Tenho certeza que em muitas noites deixou de comer para que não nos faltasse. Eu, criança de sete, oito anos, nada percebia...<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">E hoje, já avô de dois netos maravilhosos, reviro minha memória em busca daquele tempo em que, aos domingos, nossa casa era uma festa, sempre teve música. Minha irmã Ruthe canta maravilhosamente bem, mamãe cuidava da cozinha com esmero, e desde o café da manhã, passado num coador de pano – seu aroma percorria todos os cômodos do nosso lar –, até nosso almoço nada se igualava, o tempero de minha mãe não tinha segredo, tinha era muito amor, daí seu inesquecível sabor.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Sinto saudades de tudo, do colo de minha mãe, da sua ternura, da sua doçura, de seus gestos, de seu sorriso cativante, do seu despedir quando a visitávamos... Sou um homem abençoado, pois tive o privilégio de ter sido seu filho. No jardim de meu coração, a flor mais linda é minha mãe, pois ela tem o nome da rainha das flores... Minha mãe se chama Rosa.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">* Cantor e compositor</span></span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-44856484963607254832014-04-25T07:18:00.000-07:002014-04-25T07:18:01.851-07:00No tempo da delicadeza<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i>Bueno * </i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br">buenocantor@terra.com.br</a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/">www.buenocantor.blogspot.com</a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Meu filho Lucas
Bueno faria neste sábado, 26 de abril de 2014, 35 anos e um filme passa pela
minha cabeça. Faço uma retrospectiva de todo o tempo que com ele vivi aqui na
terra, dos grandes shows que junto fizemos, ele tocando seu piano... Eu o via
como um dos maiores do mundo, ele arrasava, fechava os olhos e viajava na
melodia como se estivesse em outro mundo, suas mãos deslizavam por sobre o
teclado e a música agradecia, pois quem a tocava o fazia com muito amor,
colocava ali todo seu sentimento e aprendizado com grandes mestres. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Tive este
privilégio de cantar sob sua batuta. Às vezes, num show surgia um
imprevisto, mas bastava um simples olhar e a coisa fluía, ninguém percebia, ele
era minha segurança, meu rumo norte. Tenho saudades loucas de tudo, até de
nossas brigas às vésperas de um shows, brigas também resolvidas rapidamente. E
o show acontecia lindo, lindo, lindo... </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Desde o primeiro
show juntos passei-lhe a responsabilidade da produção e direção e ele ficava
orgulhoso de tais funções, dava conta da parada. Era Lucas quem escolhia os
músicos que estariam com a gente no palco. Meu amigo Fagner disse um dia, no
apartamento do Sócrates: “Buenão, procure manter em seus shows e gravações
sempre o mesmo baterista, o mesmo baixista e pianista, desta maneira você tem a
liberdade de escolher grandes músicos para outras funções”.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Passei isso para
meu filhão e nunca tivemos problemas no palco, pois nossos músicos sempre
correspondiam, de acordo com nosso projeto. Em agosto fará nove anos que Lucas
está morando em outro plano.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
O titulo da minha
crônica de hoje é parte da letra da música “Todo o sentimento”, do sensacional
maestro Cristovão Bastos. Chico Buarque colocou a letra – e que letra este
compositor e poeta brasileiro escreveu para tão bela melodia.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Dentro do meu
projeto de cantar vários nomes da música popular brasileira está “Bueno canta
Chico Buarque”, e sempre que faço este show as mesas se esgotam rapidamente,
daí posso ver o quanto Chico é importante para a cultura do nosso país, ele é
querido por várias gerações, vejo isto do palco.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
De todas as músicas
do Chico que já interpretei, a que mais gostava de cantar é “Todo o
sentimento”, eu a cantava só com voz e piano, piano tocado por Lucas Bueno, ele
arrasava nesta música... Nunca mais a cantei em meus shows depois que Lucas se
foi, com ele era especial, com outro não conseguiria cantá-la, até pelo meu
estado emocional.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Sobre esta
composição, um músico carioca me contou que Chico, ao escrever a letra,
inspirou-se num amigo do maestro e parceiro Cristovão Bastos, que estava
perdendo a esposa doentia. Eu e minha esposa a adotamos, fazemos de conta que
ela foi feita pra nós, analiso cada frase, cada palavra escrita por Chico,
sinto como se meu coração tivesse sido invadido, meus sentimentos escancarados,
e olha que ele escreveu esta beleza décadas atrás!</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Mas é tão presente
pra mim e minha esposa, a letra toda é genial, mas me derreto todo na parte em
que diz “depois de te perder, te encontro com certeza, talvez no tempo da
delicadeza, onde não diremos nada, nada aconteceu, apenas seguirei como
encantado ao lado seu”.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Nesse 24 de abril
de 2014, chorei muito escrevendo esta crônica, coloquei para ouvir umas dez
vezes esta música com Lucas ao piano e eu cantando num de nossos últimos
shows... Poxa!!! Que saudade meu filho.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Lucas, meu filho,
eu e mamãe te desejamos um feliz aniversário, com a certeza de nosso amor cada
vez maior por você e o consolo de sabermos que um dia seguiremos como
encantados ao lado seu. Ate mais, filhão.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Obrigado a Chico e
Cristovão Bastos.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><i>* Cantor e compositor</i></b> </div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-5929090334715299962014-04-04T19:33:00.002-07:002014-04-04T19:33:30.077-07:00Idoso, quem quer ser?<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Bueno *<u></u><u></u></span></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;"><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br" style="color: #1155cc;" target="_blank">buenocantor@terra.com.br</a><u></u><u></u></span></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: right;">
<span style="font-size: large;"><b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/" style="color: #1155cc;" target="_blank">www.buenocantor.blogspot.com</a></span></i></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Acho esse negocio de ser idoso o maior barato, pois estou com 66 anos e nem vi o tempo passar, talvez até porque não paro, estou sempre em processo de criação. Sempre fui assim, de ter várias atividades caminhando juntas. Nunca aprendi a escrever a máquina, achava que jamais precisaria, de repente me vi aposentado e como é um processo natural, a vida vai nos tirando algumas coisas, mas nos dá outras. E foi o que aconteceu comigo, comecei a escrever crônicas com um amigo teclando pra mim, uma vez que não tinha nenhuma habilidade com o computador, ia sacando como ele usava o word, e aquele processo de salvar e tudo mais, acabei me apaixonando pela máquina e hoje ela é uma companheira e tanto.<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Às vezes cruzo com amigos do tempo de grupo escolar, do tempo ginasial, alguns estão no maior bagaço, daí me ponho a pensar: “será que eles me vêem da mesma forma como os estou vendo???” Ora, se vêem, não to nem aí, só sei que muitos não se cuidam, nada fazem para se ajudar, talvez um pouco de auto-estima pudesse fazer uma grande mudança, mas tem que sacar a parada.<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Outras vezes pergunto a antigos amigos se eles têm e-mail ou faceboock, a grande maioria diz nem querer saber, daí discordo e até já mudei hábitos de alguns, acho que com tanta modernidade, não acompanhar pelo menos o básico, é isolar-se. Não sei se estou certo ou errado, mas sei que dou muito trabalho para meu filho Paulo Bueno nas coisas mais complicadas com meu notebook, mas ele tem a paciência e está sempre disposto a suprir essa minha falta de talento. assim vou vivendo e muito feliz da forma que levo a vida.<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Dia desses, no estacionamento de um shopping lotado, eu estava tirando meu carro e um jovem deu uma volta para ocupar minha vaga. Quando ele se aproximava, um senhor aparentando uns 70 anos colocou o veículo dele na vaga, daí o jovem disse: “O vovô, coloque no lugar dos idosos, deixe esta vaga pra mim”. Várias vagas para idosos ficavam do lado e estavam vazias, mas o senhor, com um mau humor tipo do cantor Jamelão, respondeu com tudo:” Coloque lá você, quem te disse que eu sou idoso???” O rapaz até se desculpou, o idoso saiu e o moço me disse: “Essa eu não entendi”. Até falei: “este não aceita a idade.”<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Das mais diversas vantagens que os idosos conquistaram, a que mais uso é o estacionamento, fila de idoso em supermercado nem pensar, só em último caso. Dia desses, num deles, entrei na maior roubada. A fila comum estava enorme, daí resolvi encarar a dos idosos, que estava bem pequena. A minha fila não saía do lugar, a outra ia de vento em popa. Depois é que saquei, as pessoas bem mais idosas têm dificuldade com cartões, localizar dinheiro na bolsa, embalar as compras...<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Nesse dia até presenciei um bate-boca entre duas velhinhas com uma senhora bonitona que estava na frente delas. Aachavam que a moça não tinha 60 até que a bonitona estourou, dizendo: “Se estou aqui é porque tenho direito, não aparento idade porque não bebo, não fumo e meu marido cuida muito bem de mim.” Silêncio geral na fila.<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Batendo papo com meu amigo Tião do Violão, ele saiu com essa: “Buenão, veja como é a vida, quando éramos jovens e solteiros, íamos para o Guarujá e voltávamos contando o maior papo, que descobrimos uma boate nova e coisa e tal. Depois a gente casa, vem os filhos, daí vai pra lá e volta dizendo: ‘descobri um restaurante que vou te contar’. E hoje, quando vamos pra lá, voltamos dizendo: ‘descobri uma farmácia que é show de bola...’” Caímos na risada!!! Esse Tião...<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">A maravilhosa atriz Fernanda Montenegro disse e eu adorei: “Quero envelhecer naturalmente, quero curtir cada nova ruga em meu rosto e lembrar o quanto foi difícil conquistá-las.”<u></u><u></u></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">* Cantor e compositor</span></span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-62878548023589451102014-03-30T07:11:00.005-07:002014-03-30T07:23:05.825-07:00Sócrates, o craque da democraciaJogador teve papel fundamental na luta pelas Diretas Já<br />
<br />
<a href="http://www.jornalacidade.com.br/">Jornal A Cidade</a> - Tiago Freitas<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma das mentes mais brilhantes da história do futebol nacional, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, paraense radicado em Ribeirão Preto, não representou a nação apenas como “futebolista” em 65 jogos pela seleção Canarinho. Seus 15 anos como atleta profissional também foram marcados pelo envolvimento com a política do país, sendo ativo durante a campanha “Diretas Já”, que buscou, entre 1983 e 1984, convencer o então governo militar de João Figueiredo a implantar eleições diretas para a presidência do Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
“O Magrão surgiu como uma liderança naturalmente. Foi ele quem ajudou a coordenar a Democracia Corinthiana na época. Os políticos faziam uma analogia: ‘Se um dos maiores clubes de massa do país pode, por que o Brasil não pode?’. A partir daí, a presença do Sócrates passou a levar cada vez mais as pessoas a se familiarizar com a causa”, conta o amigo Fernando Kaxassa, de 53 anos, produtor cultural e atual presidente do Cineclube Caium.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Democracia corinthiana</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Envolvido tanto em assuntos relacionados ao bem-estar dos jogadores quanto aos temas do país, Sócrates foi um dos principais idealizadores da “Democracia Corinthiana” (com th), período entre os anos de 1982 e 1984 e que reivindicava mais liberdade para os jogadores e mais influência nas deliberações administrativas do clube.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Tudo era levado a voto e todos votavam: diretoria, jogadores, funcionários tinham a mesma importância. Até as regras de concentração dos atletas eram resolvidas assim. Ninguém no clube era maior do que ninguém. Todos eram iguais”, comentou Kaxassa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Frase marcante</u></b><br />
<br />
O produtor cultural também lembrou-se de uma frase de Sócrates que marcou a época das grandes manifestações pelas eleições diretas para Presidente da República. “Ele já estava negociando sua ida para a Itália [Fiorentina, onde atuou por uma temporada] e disse: ‘Se o Congresso aprovar as eleições diretas, eu não saio do país’. Foi simbólico, mas infelizmente o que aconteceu foi exatamente o contrário”, relembrou Kaxassa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>'Fazia acontecer'</u></b><br />
Em 2009, durante evento em São Bernardo do Campo com a presença de Sócrates e Kaxassa, o ex-Presidente Lula, confidenciou ao último que a campanha que clamava por eleições jamais teria o mesmo peso não fosse a atuação do ex-meia da Seleção Brasileira. “O Lula me disse que o Dr. Sócrates fazia tudo acontecer. No país do futebol, o líder de um time como Corinthians era uma espécie de imã e tinha poder de conscientização”, explicou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Magrão na mira do Deops</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
A representatividade do ex-atleta, falecido no dia 4 de dezembro 2011, fez o Deops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo), órgão estadual de repressão a movimentos contrários ao regime Militar, colocá-lo sob monitoramento constante no final da década de 80. O prontuário dizia que ele era potencial candidato à Prefeitura de Ribeirão Preto pelo PT.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>‘Diretas Já’ na CBF</u></b><br />
Três meses antes de falecer, ao sair do hospital onde ficou internado com hemorragia digestiva, Sócrates não esqueceu seu viés político e clamou: “É hora de nova ‘Diretas’. ‘Diretas Já’ para a presidência da CBF”.</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<section itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/NewsArticle" style="background-color: white; box-sizing: border-box;"><div class="row" id="noticia-corpo" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; margin: 0px -15px; max-width: none; min-width: 0px; padding: 0px; width: auto;">
<div class="twelve columns" itemprop="articleBody" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; float: left; margin: 0px; min-height: 1px; padding: 0px 15px; position: relative; width: 670px;">
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 11px; letter-spacing: -0.1119999960064888px; line-height: 16.239999771118164px;">Créditos: <a href="http://www.jornalacidade.com.br/esportes/NOT,2,2,938028,Socrates+o+craque+da+democracia.aspx">http://www.jornalacidade.com.br/esportes/NOT,2,2,938028,Socrates+o+craque+da+democracia.aspx</a></span></span></div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvx0oDk1YqTyBT1BnFAMFFvyVXoqXhTizNpDOiL8UnkqE70JTZ48ylqoUMZr5Foxc5eQeHggoILQHvNXmKY9CWe8Zh1tkUbU9ZA6RphMenO7IlFRf-TF5owQQYiQ2A2U_vkBOaeba13r4/s1600/jogador-Socrates-esporte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvx0oDk1YqTyBT1BnFAMFFvyVXoqXhTizNpDOiL8UnkqE70JTZ48ylqoUMZr5Foxc5eQeHggoILQHvNXmKY9CWe8Zh1tkUbU9ZA6RphMenO7IlFRf-TF5owQQYiQ2A2U_vkBOaeba13r4/s1600/jogador-Socrates-esporte.jpg" height="223" width="400" /></a></div>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 11px; letter-spacing: -0.1119999960064888px; line-height: 16.239999771118164px;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
</section>Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-9140244893475824812014-03-14T04:48:00.001-07:002014-03-14T04:48:43.368-07:00Pais e filhos<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i>Bueno * </i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br">buenocantor@terra.com.br</a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/">www.buenocantor.blogspot.com</a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Faz alguns anos, eu
estava em Camboriu (SC) e, depois de uma linda tarde, num delicioso bar à beira
mar, ouvi pela primeira vez, com Renato Russo e banda, sua música “Pais e
filhos”. Desliguei-me do papo dos amigos e me concentrei na letra, até viajei
em tudo que ele cantava, senti até pena em alguma parte do que ele escreveu, me
coloquei menino em seu lugar, principalmente quando diz “quero colo, vou fugir
de casa. Posso dormir com vocês, estou com medo, tive um pesadelo, só vou
voltar depois das três...”</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<i>Diz também que
já morou em tantas casas que nem se lembra</i> mais. “Eu moro com minha mãe,
mas meu pai vem me visitar” Esta parte da letra é uma pancada no peito, é muito
triste... Foi um dos maiores sucessos de Renato Russo, grande poeta e
compositor, e essa música se identificava com muitos jovens de qualuer época.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Eu vejo hoje a
situação de alguns amigos e suas histórias, suas relações com seus filhos, daí
resolvi escrever esta crônica, começando com a canção de Renato Russo. Um
destes amigos descobriu que seu filho, ainda adolescente, estava envolvido com
drogas, na época maconha. É a porta de entrada para outros entorpecentes mais
letais, e não adianta ninguém querer me convencer do contrário.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Quando via o filho
deste amigo usando camisetas do Bob Marley com desenhos de folhas de maconha,
até comentei com ele sobre o perigo. Disse que maconha é coisa fraca e que ele
logo deixaria o vício. Temos organismos diferentes e não deu outra, se para ele
maconha era droga fraca, seu filho também achava e partiu pra cocaína, depois
crack e hoje, com mais de 30 anos, este jovem a quem me refiro já passou por
dezenas de internações. Tudo isso depois de desestruturar a família, até o
carro do pai roubou pra pagar dividas de seus vícios. Continuo vendo a luta de
seus pais e torço para que ele se encontre.</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Outro dia, lendo
uma postagem no Facebook do meu afilhado Júlio Cesar, que é músico do Sambô
(sucesso nacional), ele comentou que foi gravar com um amigo de São Paulo uma
música sobre pai e ficou super-emocionado, daí contou que seu pai, Paulo
Sérgio, faleceu quando ele tinha meses de idade. Júlio escreveu palavras tão
carinhosas sobre seu querido pai, que em vida não pode acompanhá-lo, até
parecia que o fato não acontecera de tão presente que seu pai ainda é em sua
vida. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Júlio Cesar foi
criado pela avó, pois a mamãe Conceição tinha que dar duro no batente. Conheci
Júlio Cesar ainda menino, fiquei sabendo que ele era de Serrana, cidade vizinha
de Ribeirão Preto, e que desde pequenino não escondia sua paixão pela música. Teve
aulas de violão com o saudoso Zé da Conceição e de cavaquinho com Carlinhos
Machado. Eu acompanhei de perto sua carreira, grandes artistas o queriam como
músico, propostas mil para acompanhá-los, mas Deus sempre age e lhe preparou um
futuro lindo, alguém o guiava, com certeza era seu velho pai, e o momento certo
aconteceu com o Sambô. Como amo este menino, o tenho como filho, e pra mim será
sempre um menino. </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
Quero agora falar
de um amigo muito querido que teve vários casamentos, vários filhos, e entre eles
um se envolveu com drogas e o mundo do crime, está sempre preso. Quando sai da
cadeia, seu pai, que é bem relacionado na cidade, lhe consegue emprego, mas ele
sempre pisa na bola, não tem jeito. Este meu amigo, dia desses, em lágrimas me
confidenciou: “Buenão, veja como são as coisas, meu filho agora está preso
perto de Bauru, mas de todos os filhos que tenho, ele é o único que me telefona
e sempre me pede perdão, pede a minha benção, é o único que me fala ‘pai, eu te
amo’.” Emocionado, o abracei carinhosamente... E quantas histórias como estas
tenho pra contar, quantas... </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i>*
Cantor e compositor</i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-65710353665281945702014-03-08T14:12:00.001-08:002014-03-08T14:12:02.783-08:00Come-Fogo: naquele tempo...<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Bueno *<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">buenocantor@terra.com.br<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">www.buenocantor.blogspot.com</span></i></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">É durante a minha caminhada matinal de cinco quilômetros que me surgem as ideias, às vezes mirabolantes. Hoje, quando estava na altura da avenida Nove de Julho, viajando na maionese, meus “bichinhos de criação” começaram a martelar minha cuca: “Buenão, porque você não escreve sobre personagens dos antigos clássicos Come-Fogo?” “Genial”, pensei, e pimba!!! Começaram a surgir na minha mente velhas figuras de nossa Ribeirão Preto.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Estava até imaginando como começar quando, passando pela padaria Nosso Pão, ali na rua Sete de setembro, vi conversando com Geraldo, o proprietário corintiano, meus amigos Marinho Sampaio, o vice-prefeito, e Ney, seu fiel escudeiro. Parei para um papo rápido, e contei a Marinho sobre esta crônica. Ney é muito novo e não se lembra, mas eu e Marinho voltamos a um passado de grandes personagens que enriqueciam a cidade e valorizavam qualquer jogo da dupla Come-Fogo.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Lembramos de Salim, comercialino de chorar nas vitórias e nas derrotas, ele tinha um bar na rua Tibiriçá, entre a General Osório e a São Sebastião, e lá frequentavam as duas torcidas numa boa, num tempo em que a maldade passava longe. Despedi-me de Marinho e Ney e segui na caminhada. Minha cabeça continuava seu processo de criação e quando cheguei em casa só tive o trabalho de colocar as lembranças no papel.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Numa época em que o rádio AM reinava absoluto, e que para nossos talentosos jornalistas eram oferecidos contratos de se tirar o chapéu, tinha um programa que era líder de audiência, o “Balanga Beiço”. Ele era comandado pelos radialistas Tiririca e Corauci Neto, que satirizavam as noticias policiais. <o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Lembro-me de que a população tinha mais medo de sair no “Balanga Beiço” do que da própria policia. O slogan do programa era “não entre em litígio com a policia para não virar noticia”. Ninguém queria ser estrela daquele noticiário porque a gozação durava semanas, era um verdadeiro show de rádio. O negócio fervia quando se aproximava a semana de Come-Fogo, tudo porque Tiririca era botafoguense e Corauci, comercialino.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Em todos os dérbis eles apostavam alguma coisa, lembrei-me de uma aposta em que quem perdesse teria que dar um mergulho nas poluídas águas do Retiro Saudoso, o córrego que divide a avenida Francisco Junqueira. A rádio PRA-7, hoje Clube, ficava ali na avenida. no cruzamento com a rua Barão do Amazonas. Como o tempo é inimigo da memória, não consegui me lembrar quem saiu lambuzado nesta aposta, mas sei que a avenida parou de tanta gente que queria ver o tal mergulho... Velhos tempos, belos dias.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Lembrei-me de quando apelidaram o Botafogo de “Chulé” e que comercialinos passavam ao lado do campo, ali na Vila Tibério, antigo Luiz Pereira, e jogavam sapatos velhos sobre o muro. Haja calçados. Daí botafoguenses que não queriam ficar pra trás apelidaram o Leão de “Penico”... E lá iam penicos pra dentro do antigo Costa Coelho.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Lembrei-me de um botafoguense histórico,“Pidão”, que levava pra arquibancada do Estádio Santa Cruz uma ensurdecedora buzina tocada a bateria. Quando saía alguma briga, ele estava sempre no “front” com seus quase dois metros de altura, um baita corpão, seu braço tinha a grossura da minha perna... Cada braçada dele mandava um monte pro chão. “Pidão” brigava bem e, num jogo contra o América, lá em São José do Rio Preto, o pau quebrou feio.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Estava ouvindo a Rádio 79, com Marcio Bernardes matando a pau na audiência. Vendo aquela muvuca toda, o radialista pegou o microfone e tranquilizou as famílias dos torcedores botafoguenses dizendo que “Pidão” estava no meio dando pancada pra todo lado, até que a torcida contrária deu no pé. Histórias temos aos montes. Velhos clássicos Come-Fogo... Que saudade.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">* Cantor e compositor</span></i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirEFxVL1tGZHzvD6sVU96drjhLZEImUKbGW5VbPmR6mOeEn7kbBGH9NbUXSe0ZWgUDXzEAd6eGSDkr5tQqYTSV-L-IbAN8IM3iuzcKJ75iq9-OXzBzw7gOVNvtaOR-lyAizz9Sq3RycpE/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirEFxVL1tGZHzvD6sVU96drjhLZEImUKbGW5VbPmR6mOeEn7kbBGH9NbUXSe0ZWgUDXzEAd6eGSDkr5tQqYTSV-L-IbAN8IM3iuzcKJ75iq9-OXzBzw7gOVNvtaOR-lyAizz9Sq3RycpE/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; font-size: 12px;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><br /></span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-42615275783967598672014-02-28T15:45:00.001-08:002014-02-28T15:45:08.044-08:00Amigos comemoram aniversário de Sócrates<header style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10px; line-height: 10px;"><h1 class="noticia-titulo" itemprop="headline" style="box-sizing: border-box; color: #004e6e; direction: ltr; font-size: 4.5em; letter-spacing: -0.06em; line-height: 1.1; margin: 14px 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">
Amigos comemoram aniversário de Sócrates</h1>
<h2 class="noticia-linha-fina" itemprop="description" style="box-sizing: border-box; color: #666666; direction: ltr; font-size: 2.1em; font-weight: normal; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.2em; margin: 14px 0px; padding: 0.3em 0px 0px; text-rendering: optimizelegibility;">
'Quero morrer num domingo e com o Corinthians campeão', pediu Sócrates. E a vida o atendeu</h2>
</header><section itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/NewsArticle" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10px; line-height: 10px;"><div class="row" id="noticia-dados" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-size: 1em; margin: 0px -15px; max-width: none; min-width: 0px; padding: 0px; width: auto;">
<div class="six columns" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; float: left; font-size: 1em; margin: 0px; min-height: 1px; padding: 0px 15px; position: relative; width: 341.328125px;">
<div class="autor" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-size: 1em; margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="box-sizing: border-box; color: #999999; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1.2em; line-height: 1.6; padding: 0px;">
23/02/2014 - 17:25</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #999999; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1.2em; line-height: 1.6; padding: 0px;">
<a href="http://www.jornalacidade.com.br/" style="box-sizing: border-box; color: #2ba6cb; line-height: inherit; text-decoration: none;" target="_blank">Jornal A Cidade</a> - <a href="mailto:sidnei@jornalacidade.com.br" style="box-sizing: border-box; color: #2ba6cb; line-height: inherit; text-decoration: none;" target="_blank">Sidinei Quartier</a></div>
</div>
</div>
<div class="six columns" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; float: right; font-size: 1em; margin: 0px; min-height: 1px; padding: 0px 15px; position: relative; width: 341.328125px;">
<div class="tamanho-letra" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-size: 1em; margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="box-sizing: border-box; color: #999999; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1.1em; line-height: 1.6; padding: 0px; text-align: right;">
Alterar o tamanho da letra <span class="aumentaFonte" style="background-color: whitesmoke; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); box-sizing: border-box; color: #2795b6; cursor: pointer; font-weight: bold; margin-left: 5px; padding: 0.2em; width: 2em;" title="Aumentar o tamanho da letra...">A+</span><span class="resetFonte" style="background-color: whitesmoke; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); box-sizing: border-box; color: #2795b6; cursor: pointer; font-weight: bold; margin-left: 5px; padding: 0.2em; width: 2em;" title="Voltar ao tamanho padrão..."> A </span><span class="diminuiFonte" style="background-color: whitesmoke; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); box-sizing: border-box; color: #2795b6; cursor: pointer; font-weight: bold; margin-left: 5px; padding: 0.2em; width: 2em;" title="Diminuir o tamanho da letra...">A-</span></div>
</div>
</div>
</div>
<hr style="border-bottom-width: 0px; border-color: rgb(238, 238, 238); border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: solid; box-sizing: border-box; clear: both; height: 0px; margin: 22px 0px 21px;" />
<div class="row" id="noticia-corpo" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-size: 1.4em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin: 0px -15px; max-width: none; min-width: 0px; padding: 0px; width: auto;">
<div class="twelve columns" itemprop="articleBody" style="box-sizing: border-box; direction: ltr; float: left; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin: 0px; min-height: 1px; padding: 0px 15px; position: relative; width: 682.65625px;">
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; float: left; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin: 0px 10px 5px 0px; padding: 0px 10px 5px 0px; width: 310px;">
<img align="" alt="Milena Aurea / A Cidade" src="http://emc.jornalacidade.com.br/dbimagens/89798e96-ff74-4018-b1a0-1238fffa7768.jpg" style="border: 3px solid rgb(238, 238, 238); box-sizing: border-box; height: auto; margin: 0.5em 1em -0.3em 0px; max-width: 100%;" title="Milena Aurea / A Cidade" /><div style="background-color: #eeeeee; box-sizing: border-box; direction: ltr; font-size: 11px; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin: 0px; padding: 0.67em;">
O cantor e compositor Bueno, parceiro de Sócrates, canta no dia do aniversário do doutor, quarta-feira passada, na mesa de um bar de Ribeirão (Foto: Milena Aurea / A Cidade)</div>
</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
A falta que Sócrates faz provocou até um corte drástico na turnê nacional de Chico Buarque, este ano. Para evitar o vácuo da ausência do Magrão, grande parceiro de peladas e papos, Chico simplesmente tirou Ribeirão Preto da lista.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Chico não é o único que sente saudades. Na quarta-feira, 19 de fevereiro, três amigos, um deles dedilhando o violão, estão sentados em torno de uma mesa de bar, no Centro de Ribeirão. Comemoram, in memorian, o aniversário de Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, que completaria 60 anos de idade.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Falecido em 4 de dezembro de 2011, Sócrates está presente em forma de fotografia, que estampa seu rosto ainda jovem, nos tempos em que era ídolo da torcida do Corinthians, no início da década de 80. A mesa é uma homenagem ao ex-jogador, que costumava sentar-se ali. Até a toalha tem o distintivo do Corinthians. A mesa dedicada ao Doutor, no bar Brasília, nunca está vazia.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Quem dedilha o violão é Roberto Sebastião Bueno, o Bueno, 66 anos, policial rodoviário aposentado, músico e parceiro de Sócrates em várias composições transformadas em CD.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Alfredo Monteiro de Castro Neto, o Frê, costumava jogar xadrez com Magrão. O outro é Emerson Egito, colega dos tempos de Marista. Entre eles, uma certeza rigorosa: se vivo, Magrão iria fazer uma grande festa. Convidaria Lula, Chico Buarque, Paulo César Pereio, o cronista Xico Sá, Wladimir, Juca Kfoury, Mazinho Chubaci Neto e dezenas de amigos. Menos o ex-goleiro Leão, que combatia a Democracia Corinthiana. “O Leão jogava muito, mas nosso genoma não bate”, brincava.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Como Sócrates não está entre nós, Bueno trata o caso à sua moda. “Tem gente que vem ao mundo, dá o seu recado encantador, breve, e vai embora. Com Sócrates foi assim”, disse.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Uma cerveja é aberta e, em brinde, oferecida ao Doutor.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Inesquecível para torcedores do Botafogo, Corinthians e imortalizado como capitão da seleção brasileira em duas Copas, Sócrates morreu aos 57 anos. Foi enterrado no cemitério Bom Pastor, às 17h, no mesmo dia em que o Corinthians sagrou-se campeão brasileiro.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Com a morte de Sócrates, Ribeirão Preto perdeu também seu grande embaixador. Cantores, músicos, escritores, jornalistas, atores e atrizes que passavam por aqui, faziam questão de convidá-lo para um chope no Pinguim. Convite que ele aceitava com grande prazer.</div>
<div style="box-sizing: border-box; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 1em; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.45em; margin-bottom: 17px; padding: 0px;">
Um especial de uma hora sobre o craque, na TV, mostrou, no mesmo dia de seu aniversário, que o Corinthians foi o solo onde “plantou sua utopia”. Ali, no contato com a bola, “fez discursos, escreveu poesias, músicas e manteve o seu sonho sempre vivo”. A frase é de Gustavo, filho do craque. Merece crédito.</div>
</div>
</div>
</section>Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-71494629200470577362014-02-28T14:43:00.003-08:002014-02-28T14:43:31.650-08:00Lembrando Reginaldo Rossi<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Bueno *<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: right;">
<span style="font-size: large;"><b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">www.buenocantor.blogspot.com</span></i></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Reginaldo Rossi nos deixou. Rolando Boldrin costuma dizer: “viajou antes do combinado”. Reginaldo partiu, mas deixou uma obra que poucos artistas brasileiros carregam na bagagem. Ele é meu contemporâneo, surgiu no Nordeste e com a febre da beatlemania formou um conjunto musical, assim como nós aqui da região Sudeste – nessa onda eu também embarquei.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Reginaldo conseguiu romper a barreira que musicalmente separa sua região da nossa com a composição “O pão”, invadindo a área da Jovem Guarda comandada por Roberto Carlos, Erasmo e Vanderlea e que era a coqueluche do momento na área musical. Sua música até virou gíria por aqui, tanto que quando as garotas queriam se referir a algum rapaz boa pinta, logo diziam: “Ele é um pão”.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Já conhecido nacionalmente, engatou outros sucessos como “Mon amour, meu bem, ma famme” e “A raposa e as uvas”. Reginaldo, que diziam ser brega, falava outras línguas, estudou arquitetura e optou por cantar e compor musicas do gênero romântico jovem. E se deu bem. Na música “Mon amour, meu bem, ma famme” ele descreve o veneno e a beleza de uma mulher de corpo pequeno por ele desejada, e até diz “sou metade sem você”.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Na dançante “A raposa e as uvas”, ele nos remete a uma época deliciosa da minha mocidade, quando, aos domingos de tardezinha, organizávamos brincadeiras dançantes na casa de amigos e não precisávamos de muita coisa, não, bastava apenas uma vitrola ou toca-discos e alguns “LPs” que o evento estava garantido, todos colaboravam com alguns trocados e logo surgia um tal de ponche e também cuba libre, que nada mais era do que misturar coca-cola com rum. Ninguém ficava de fogo, apenas dava um ingênuo colorido em quem provava.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">O que vivíamos por aqui o grande Reginaldo Rossi escreveu nessa letra, num tempo em que quem tinha uma lambreta era considerado o rei da cocada preta. Também diz que, no fim da festa, ia levar a garota em sua lambreta e no seu portão seu beijo roubar, mas de olho esperto pois o pai da donzela poderia aparecer.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Seu maior sucesso foi “Garçom”. Digo maior porque esta música teve muitas regravações e quando ela estourou, logo a decorei. Num sábado, estávamos eu, Sócrates, seus irmãos, filhos e amigos no Pirajá Bar, em São Paulo, tocando violão e cantando na parte externa. Era um lugar muito chique, daí Sócrates disse: “Buenão, cante “Garçom”. Eu retruquei dizendo que esta música naquele bar não ia pegar bem, ele insistiu então soltei o gogó. Foi um silêncio só no bar, e quando entrei na segunda parte, em que a letra diz “saiba que meu grande amor hoje vai se casar...” Pra nossa surpresa, o bar inteiro cantou junto, e quando acabamos foi uma loucura. Naquela noite cantamos “Garçom” umas dez vezes, e a equipe de garçons ficou nos paparicando a noite toda.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Há alguns anos, Sócrates ficou sabendo que Reginaldo Rossi faria um show na Festa do Peão de Barretos e resolveu prestigiá-lo, chegando na cidade no período da tarde junto com Mazinho e amigos. Como sempre, sua presença virou uma grande festa que continuou à noite no camarote. Quando Reginaldo estava cantando, disseram a ele que Sócrates estava presente, o velho cantor ficou louco e passou a convidá-lo para cantar com ele. Magrão topou a parada, pulou alguns cercados e os dois ídolos se abraçaram com carinho.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">Reginaldo perguntou qual música dele o Doutor sabia e a resposta foi “A raposa e as uvas”. Mal acabou de falar e a banda atacou na introdução. Ambos começaram a cantar, só que, naquela altura do campeonato, o Doutor pouco se lembrava da letra... No final, o aplauso foi geral. Mazinho diz que foi uma bela noite.<o:p style="font-family: Arial;"></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #47423a; font-family: Arial;">
<b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: large;">* Cantor e compositor</span></span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4332749836610237837.post-28951931618710264302014-02-14T03:59:00.002-08:002014-02-14T03:59:13.148-08:00Netos, por que crescem???<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-size: large;">Bueno * </span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="mailto:buenocantor@terra.com.br"><span style="font-size: large;">buenocantor@terra.com.br</span></a></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right; text-autospace: none;">
<b><i><a href="http://www.buenocantor.blogspot.com/"><span style="font-size: large;">www.buenocantor.blogspot.com</span></a></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Já me fiz esta
pergunta centenas de vezes: netos, por que crescem??? Fui avô pela primeira vez
com 48 anos, não tinha ainda a manha dessa relação neto e avô como tenho hoje,
aos 66. Escrevo esta crônica justamente no dia em que meu neto mais velho, Luiz
Roberto, faz 18 anos. Pra ele já fiz três músicas: “Gente Nova” e “Jovem
Guerreiro”, estas duas em parceria com Sócrates, e a última, “Lamentos do
vovô”, que compus quando ele fez 12 anos e começou a sair com seus amiguinhos
da escola, descobrindo os prazeres de um certo desligamento do cordão
umbilical.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Pouco antes já
estava sentindo sua ausência, isso cada vez mais frequente, daí me lembrava do
seu tempo de pequeno, época em que ficava muito comigo, pois seu pai trabalhava
demais. Minha casa tinha um alpendre grande e dele fazíamos nosso campo de
futebol, ele adorava bancar o goleiro, até lhe ensinei a bater falta de três
dedos. Com garrafas pet cheias d’água, fazíamos nossa barreira e ele quase
sempre as derrubava com chutões.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Em meu sofá,
povoava sua cabecinha aguçando sua fértil curiosidade com histórias por mim
contadas, histórias vividas do meu tempo de guarda rodoviário, e que ele sempre
me pedia para repetir. Quando sem querer omitia algum detalhe, ele logo me
corrigia: “Vovô, você esqueceu-se de tal parte...”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Foi justamente
lembrando dessa fase e do vazio que ele aos poucos deixou que compus a terceira
música, “Lamentos do vovô”, cuja letra escrevo aqui: “Já não brinca mais
comigo, nem corre mais no meu quintal, o tempo não foi meu amigo e te levou, passou
como um vendaval... Ah!! Mas que egoísta eu sou, querer você sempre criança,
tempo de sonho de um passado que vivi, restou apenas lindas lembranças... Das
histórias que teus sonhos povoei, hoje não acredita mais, os heróis que pra
você eu inventei, morreram todos, restam meus ais... Vou estar sempre por
perto, sempre a proteger você, cada degrau que na vida conquistar, olhe do lado
você vai me ver, e quando tiver colhendo os frutos de tudo que você conquistou,
nunca se esqueça que sempre estará aqui, todo orgulhoso este seu vovô.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">O tempo não para,
já dizia Cazuza, e hoje Luiz Roberto faz 18 anos. Como todo adolescente, já
passou daquela fase de que pensa que sabe tudo... agora tem certeza! Isso
provoca algumas divergências entre pai e filho e acho até normal, a vida vai
nos lapidando à sua maneira. Meu filho Paulo Bueno o teve muito cedo, com
apenas 20 anos. Luiz Roberto foi um quase que irmão mais novo dele, Paulo
trabalhava numa empresa multinacional e ela o consumia muito, era muita
pressão, com menos de 30 anos sua cabeça ostentava muitos fios de cabelos
brancos, ganhou também como brinde uma sinusite crônica, pois ele era obrigado
a entrar todos os dias numa câmara fria para conferir produtos, o choque
térmico era inevitável.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">Quando Luiz Roberto
estava em idade escolar, prometi lhe dar um Chevette quando completasse 18,
promessa que tudo farei para cumprir. Como todo vovô, só quero seu bem, sonho
vê-lo formado, é um ótimo neto, não bebe e não fuma, mas tem este vício que
assola o mundo, este pequeno aparelho manual que sempre muda de nome: celular,
iPhone e outras modernidades que atrapalham o delicioso bate-papo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<span style="font-size: large;">E como o tempo
passa... Meu segundo neto, Kauã, fez quatro anos em novembro, já passou sua
fase de bebê, o vejo agora um molequinho. Ainda troca algumas letras como o
“erre” pelo “ele”. Kauã é meu grande parceiro, só que com uma energia que vou
te contar. Hoje estou com 66 anos, não tenho mais aquele pique e ele não quer
perder um segundo de seu tempo. Outro dia ele ouviu nossa conversa a respeito
do Chevette de seu irmão, daí falou: “Vovô, quando eu ‘clesce’ não ‘quelo’ um
‘sevette’, não. ‘Quelo’ um ‘Camalo Amalelo’... Ah, meu Deus! Por que netos
crescem???</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 14.15pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: large;">*
Cantor e compositor</span></i></b></div>
Buenohttp://www.blogger.com/profile/13185087784297790454noreply@blogger.com0