domingo, 19 de maio de 2013

Pão de Açúcar adoça o Rio de Janeiro


* Bueno
buenocantor@terra.com.br
www.buenocantor.blogspot.com

Para você que está acostumado a ler minhas crônicas e ainda não conhece o Rio de Janeiro, como eu até um mês atrás, convido-o a acompanhar-me neste passeio que até pode lhe servir como uma preciosa dica.
Acho que ir de avião é mais viável, pois em uma hora estará em terras cariocas. Procure sempre os táxis de cor amarela, eles são de uma cooperativa, cobram preços justos e transpor­tam quatro pessoas. Fiquei em Copacabana e, duas ruas paralelas à avenida Atlântica, fica a avenida Nossa Ssenhora de Copacabana, onde passa ônibus que o levará para qualquer lugar do Rio de Janeiro. Três quarteirões depois também tem um metrô que cruza a cidade toda.
Usei todos estes meios de transportes quando lá estive. O metrô fez a alegria das mulheres, pois tem parada na entrada do Saara, uma espécie da nossa 25 de Março, em São Paulo. O Saara tem um tamanho descomunal, é a maior muvuca, amigo!. Elas foram lá por duas vezes em quatro dias...
Nós já tínhamos conhecido o Redentor, faltava o famosíssimo Pão de Açúcar e seu bondinho dependurado em cabos de aço. De repente estávamos no ponto aguardando o ônibus 407 (Urca), que nos deixou na casa do bondinho. Tudo muito organizado, com camelôs gritando: “Olha a água, aqui em baixo é dois reais, lá em cima é cinco!” E ele falava a verdade, lá em cima tudo é muito mais caro.
Sessentões brasileiros pagam meia, e a lotação do bondinho é de 50 pessoas. Não tem banco, mas corrimão para apoio, balança um pouco, mas nada que possa nos colocar medo. Para subir ele vai no maior pau e para no primeiro estágio, que de baixo parece pequeno, mas quando lá chegamos fiquei des­lum­brado com uma estrutura que sequer imaginava. Tem heliporto para voos panorâmicos, bondinho aposentado para se tirar fotos, estátuas dos engenheiros que construíram tudo, tem bares e lojas, tem salão de festa muito chique, tem também uma casa de shows em forma de arena, com camarotes muito sofisticados...
Fui conhecê-la e conversar com o pessoal do som que montava o equipamento para o show de Maria Gadu e Jorge Bem Jor. Veja bem, tudo isso no topo do morro. Perguntei se eles sabiam onde morava Roberto Carlos ali na Urca, um deles muito prestativo acompanhou-me até a guarda de proteção, apontou a estátua de uma santinha sobre uma enorme pedra cem metros dentro do mar e disse que o Rei morava em frente. Nossa visão estava encoberta por árvores, e o homem disse que no segundo estágio eu poderia ver melhor.
Aboletamos no bondinho morro acima e lá chegando parecia estar viver um sonho por causa da tamanha beleza. É tão alto que podíamos ver Copacabana bem pertinho, o Redentor, o Aeroporto Santos Dumont em que descemos, a Ponte Rio Niterói e a cidade de Niterói todinha, a região dos lagos, a Marina da Glória com seus barcos e iates sofisticados, centenas de navios gigantes...
Fui até o gradil de proteção de onde também se via todo o bairro da Urca. Dali visualizei a santinha e, em frente a ela, a casa do Roberto Carlos, bem ao lado de uma igreja onde ele frequenta missas. Nessa parte mais alta do Pão de Açúcar também tem várias lojas, bares e restaurantes bem aconchegantes, uma estrutura de primeiro mundo para receber turistas de todas as línguas.
Lá naquela altura convidei meu cunhado Junqueira para molhamos a palavra admirando aquela magnífica obra do criador.
Demos um tempo e começamos a operação descida, bondinho lotado, o piloto disse que a descida tem que ser maneira, nada de correr, fiquei observando-o apertando botões, seguran­do no freio, tudo muito rápido e logo estávamos em terra firme. Olhava nos olhos das pessoas que pareciam estar adocicadas de tanta felicidade. O Pão de Açúcar adoça os olhares do mundo e adoça o seu Rio de Janeiro.

* Cantor e compositor 

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